A verdade sobre o Russelismo

 

A VERDADE SOBRE O

RUSSELISMO

 

Eu não poderia ser um russelita (Testemunha de Jeová) porque os seus ensinos estão diametralmente opostos aos ensinos daquele livro-guia, dado por Deus, que é a Bíblia.

Dando um exemplo, o Russelismo, chamado por alguns de “Milenismo”, e que também tem o nome de “Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia”, ensina que a segunda vinda de Cristo ocorreu em 1874 e, portanto, que o segundo evento não é um acontecimento futuro, pois teria acontecido no passado. Estes ensinos podem ser constatados claramente nas citações do Volume II de “Studies in the Scripture”, escrito pelo pastor Charles Taze Russel, como aparecem a seguir:

 

“1874 A.D. foi o tempo exato do começo dos ‘Tempos de Restituição’, e portanto, da volta de nosso Senhor.” (Pág. 170)

“Temos claro testemunho de que o segundo advento de nosso Senhor ocorreu ao começarem os Tempos de Restituição, isto é, em outubro de 1874 A.D.” (Pág. 188)

“A data do segundo advento de nosso Senhor (...) já demonstramos ser 1874 A.D.” (Pág. 211)

“A ceifa deste século começou com a presença de nosso Senhor (...) em 1874.” (Pág. 234)

 

O pastor Russel não pretende que Cristo tenha aparecido a ninguém naquela época, se bem que a Bíblia ensine que quando Ele vier pela segunda vez, aparecerá ao mundo inteiro. A esse respeito, diz o russelismo: “O fato (...) de que Sua presença não é geralmente reconhecida pelo mundo, ou mesmo entre os cristãos, não é argumento contra esta verdade.” (Pág. 189)

Não obstante ninguém ter visto o Senhor, não ter Ele aparecido a um único indivíduo, ainda em direta contradição ao ensino da Bíblia, o russelismo declara: “Nosso Senhor acha-Se agora presente (como ser espiritual, e portanto invisível).” (Pág. 237). (...) “Nosso Senhor presente, espiritual, invisível.” (Pág. 239)

Em oposição a todo esse ensino do russelismo, está o ensino da Escritura, de que a segunda vinda de Cristo ainda se encontra no futuro.

O russelismo ensina que a segunda vida de cristo não é literal, mas espiritual, invisível, secreta. Isto é ensinado no mesmo volume de “Studies in the Scripture”, págs. 127 e 129. A Bíblia nos ensina, ao contrário, que o segundo advento do Senhor será literal, volta visível de um ser real.

 

OS MORTOS RESURGIRAM EM 1878

 

Essa declaração também pertence ao pastor Charles Russel, registrada nos volumes II e III de “Studies in the Scripture”, anunciando francamente que a ressurreição dos justos já falecidos, que todos os outros cristãos acreditam ser um evento futuro, não está absolutamente por vir ainda, mas já aconteceu. O russelismo não pretende que pessoa alguma tenha testemunhado esse acontecimento. Concorda em que nenhum dos mortos fosse visto sair dos cemitérios, e que sepultura alguma fosse encontrada vazia. Assim como a vinda de Cristo, este fato também é secreto e invisível, sendo conhecido apenas aos que preferem aceitar os ensinos de Russell, em vez da Palavra de Deus.

“O ano de 1874 A.D. assinala claramente o tempo de assumir em verdade o poder como Rei dos reis (...) o que na profecia se acha intimamente relacionado com a ressurreição de Seus fiéis.” (Volume II, pág. 239)

Conclui-se razoavelmente que 

“...no ano de 1878, assim indicado como a data em que Senhor começou a tomar a Si Seu grande poder, iniciou-se o estabelecimento de Seu reino, do que o primeiro passo seria o libertamento do Seu corpo, a igreja, entre a qual os membros que dormem devem ter a  precedência.”  (Volume III, pág. 234)

“Na primavera de 1878 todos os santos apóstolos e outros ‘vencedores’ da era evangélica, que dormiram em Cristo, foram ressuscitados seres espirituais, à semelhança de seu Senhor e Mestre. E ao passo que nós concluímos, portanto, ser agora um fato consumado sua ressurreição, e uma vez que eles, como o Senhor, se acham presentes na Terra, o fato de não os vermos não é obstáculo à nossa fé, pois nos lembramos de que, como o Senhor, eles são agora seres espirituais e, como Ele, invisíveis aos homens.” (Volume III, pág. 234)

Em relação com isto, dever-se-ia lembrar a advertência de Paulo a Timóteo para que evitasse os homens “que se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.” (II Timóteo 2:18)      

       

     

RUTHERFORD E RUSSEL NUNCA SE ENTENDERAM

 

Enquanto o russelismo, sob a direção de Charles Taze Russell, ensinava que a ressurreição dos mortos ocorrera em 1878, este ensino, bem como alguns outros, parece haver sido revisado por seu sucessor na chefia do movimento milenista, Joseph Franklin Rutherford. Em seu folheto intitulado “Milhões dos que agora vivem jamais morrerão”, publicado em 1920, Rutherford diz:

“A principal coisa a ser restaurada é a raça humana, restaurada à vida; e uma vez que outros textos escriturísticos firmam positivamente que haverá ressurreição de Abraão, Isaac, Jacó e outros fiéis da antiguidade, e que estes serão os primeiros favorecidos, podemos esperar que 1925 testemunhe a volta dos fiéis homens de Israel do estado da morte, sendo ressuscitados e plenamente restaurados à perfeita humanidade, e tornados visíveis, legais representantes da nova ordem de coisas na Terra.” (Pág. 88)

No mesmo folheto, continua escrevendo o Sr. Rutherford: “Podemos esperar confiantemente em 1925 a volta de Abraão, Isaac, Jacó e os fiéis profetas da antiguidade.” (Págs. 89 e 90)

O Sr. Ruherford diz mais adiante:

 

“Baseando-nos no argumento até aqui apresentado, então, de que a velha ordem de coisas, o mundo antigo, está a findar, e portanto passando, e que está a entrar a nova ordem, e que 1925 assinalará a ressurreição dos fiéis dignitários de outrora e o início da reconstrução, é razoável concluir que milhões de pessoas agora na Terra ainda nela se acharão em 1925. Então, baseados nas promessas salientadas na Palavra divina, podemos chegar à positiva e inquestionável conclusão de que milhões dos que agora vivem jamais morrerão.” (Pág.97)

Vemos, portanto, que houve decidida mudança no ponto de vista russelista, desde a morte de Charles Taze Russell, que ensinava a ressurreição já ter ocorrido em 1878, ao passo que seu sucessor ensina que a mesma só viria a acontecer em 1925. 

Nenhum dos pontos de vista é bíblico, pois a Bíblia nos ensina que a ressurreição dos justos se dará por ocasião da segunda vinda de Jesus, e torna bem claro que homem algum sabe o ano desse acontecimento.

 

ACONTECIMENTOS PREDITOS PARA 1914

 

Algumas dezenas de anos atrás, a mais importante data fixada pelo russelismo era 1914. Prediziam muitas coisas para aquele ano, as quais não se cumpriram. Em 1914 “os ‘tempos dos gentios’, ou sua concessão de domínio, devia cessar por completo.” (Volume II, pág.170); em 1914 o reino de Cristo seria “de todo estabelecido” (Volume II, pág.170); em 1914, seria atingido “o ponto terminal dos reinos deste mundo” (Volume II, pág.99); 1914 devia ser “o extremo limite do governo de homens imperfeitos” (Volume II, pág.76,77); antes do fim de 1914 seria glorificado com a Cabeça” o último membro da igreja de Cristo, “devidamente reconhecida” (Volume II, pág. 77); em 1914 o “reino dos russelistas sobre o mundo deveria ter começo.” (Volume II, pág. 81); deveria findar em 1914 a “batalha do grande dia de Deus Todo-Poderoso” (Volume II, pág.101); em 1914 havia de ter lugar “a inteira queda do atual governo terrestre” (Volume II, pág.101); em 1914 havia de ocorrer “a queda do chamado “cristianismo” (Volume II, pág.245).

O ano de 1914 veio, passou, mas as predições não se realizaram. Então os russelistas mudaram o tempo de seu cumprimento para 1915, enquanto que nas edições do “Studies in the Scripture” tiveram que substituir essa data de 1914 por 1915.

Mas 1915 também chegou e passou sem que alguma coisa ocorresse daquelas preditas pelo russelismo. Os “tempos dos gentios” não cessaram “por completo”; o reino de Cristo ainda não foi “de todo estabelecido”; “o ponto terminal dos reinos deste mundo” ainda não foi atingido; “o governo de homens imperfeitos” ainda não chegou ao extremo limite; “a batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso” ainda não ocorreu; “a inteira queda do atual reino terrestre” ainda ficou no futuro; e “o chamado ‘cristianismo’ ainda não caiu.

Tornava-se, portanto, necessário marcar outra data e o russelismo não se fez de rogado, passando a escolher 1925 como o ano que haveria de testemunhar a realização dos preditos acontecimentos.

 

COMO FOI FIXADA A DATA 1925

 

Interessante é notar a maneira por que o russelismo chegou à escolha da nova data. Em seu folheto chamado “Milhões dos que agora vivem jamais morrerão”, publicado em 1920, Rutherford faz do sistema do jubileu seu ponto de partida. Declara ele que “o Senhor ordenou a Moisés que instituísse o sistema do sábado em que Israel entrou na terra de Canaã, que foi no ano de 1575 A.C e que o quinquagésimo ano lhes deveria ser um ano de jubileu.”

Não está em harmonia com nenhum sistema de cronologia que os israelitas tenham entrado na terra de Canaã em 1575 A.C., como pretendem os russelitas em seu esforço por fixar-se em 1925; assim, Rutherford forja placidamente uma nova cronologia.

Como chegou o final do ano de 1925 e nada aconteceu, o Sr. Rutherford citou Jeremias 25:11 que diz assim: “E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto: e estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos”; e II Crônicas 36:21, que, falando da destruição de Jerusalém, diz: “Todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.” 

Baseado nessas duas passagens do Antigo Testamento, que não possuem qualquer referência com o futuro, mas, ao contrário, dizem respeito ao passado, Rutherford faz outra surpreendente declaração de que as Escrituras mostram que devia haver “observância de 70 jubileus”. Passa inteiramente por alto o fato de que esses setenta anos eram anos literais, nada tendo a ver com o sistema do jubileu. Ele é precisava procurar algum meio de chegar ao ano 1925; e portanto, sem citar absolutamente essas passagens em seu livro, mas apenas mencionando-as em seu texto como prova de que guardariam setenta jubileus, dizendo que “setenta jubileus de cinquenta anos cada um, fariam um total de 3.500 anos. Começando este período 1.575 anos antes de Cristo (A.C.), terminaria necessariamente no outono do ano de 1925, tempo em que termina o tipo, devendo começar o grande antitipo”.

 

O RUSSELISMO NEGA A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

 

O russelismo diz o seguinte:

“O corpo humano de nosso Senhor foi sobrenaturalmente removido do sepulcro; houvesse ele permanecido ali, e teria sido uma intransponível barreira à fé dos discípulos, ainda não instruídos nas coisas espirituais (...) Nada sabemos quanto ao que aconteceu com ele, a não ser que não se corrompeu. Se se dissolveu em gases, ou se ainda está conservado algures, como uma grande memória do amor de Deus (...) ninguém sabe — nem tal conhecimento é essencial.”

Negando assim a literal ressurreição de Jesus Cristo, o russelismo derruba uma das verdades fundamentais do Evangelho, e isto a despeito do unido testemunho dos quatro Evangelhos, das Epístolas e do Apocalipse. Quando pensamos na repetição e reiteração com que as Escrituras acentuam esta grande verdade da ressurreição de Cristo, no impulso que ela deu à primeira pregação do Evangelho, na inspiração que constituiu para os discípulos, no conforto que foi a Maria Madalena, a Tiago, Pedro, João e outros que O viram vivo, em Seu próprio corpo, e que andaram com Ele, com Ele falaram e até comeram depois da ressurreição, e quando pensamos na esperança que isto tem proporcionado aos cristãos de todas as eras, então, falar em ter o corpo de Cristo se “dissolvido em gases” não parece nada menos que um sacrilégio. 

 

O RUSSELISMO HUMANIZA O SACRIFÍCIO DE CRISTO

 

O russelismo também tira Cristo da Bíblia, substituindo-O por um salvador humano. Segundo o russelismo, o sacrifício feito no Calvário foi um sacrifício meramente humano. A expiação russelita é apenas uma expiação humana — expiação feita por um homem. Evidentemente, portanto, o Cristo da Bíblia e o Cristo do russelismo são inteiramente diversos, são duas pessoas diferentes. Estes ensinos de que Cristo era humano, e que foi apenas por meio da humanidade que Ele fez o sacrifício pelos pecados do mundo, encontra-se no primeiro volume de “Studies in the Scripture”, na seção que começa na página 173. Para tornar claro que o russelismo ensina que só um sacrifício humano foi oferecido pelo homem, e não um divino-humano, para demonstrar que isto não é mera dedução tirada de uma sentença arranjada com infelicidade ou ambígua, mas o ensino essencial deste falso sistema, citamos as seguintes declarações:

“Um homem perfeito foi provado, falhou e foi condenado; e unicamente um homem perfeito podia pagar o preço correspondente, como Redentor.” (pág.179)

“A natureza humana devia ser consagrada à morte antes de ele poder receber o penhor da natureza divina. E não foi senão quando aquela consagração foi realmente consumada e ele havia em verdade sacrificado a natureza humana até à morte, que nosso Senhor Jesus Se tornou pleno participante da natureza divina.” (pág.179)

“Ele não foi exaltado à natureza divina enquanto a natureza humana não foi realmente sacrificada, morta.” (pág.179)

“Ao tornar-se o resgate do homem, nosso Senhor Jesus deu o equivalente por aquilo que o homem perdeu; e portanto toda a humanidade pode receber novamente, pela fé em Cristo, e obediência aos Seus mandamentos, não uma natureza espiritual, mas gloriosa e perfeita natureza humana, o que se havia perdido.” (pág.180)

“Jesus apresentou Sua perfeita humanidade em sacrifício.” (pág.199)

“Na idade de trinta anos, Jesus era um homem perfeito, maduro (...) Era necessário que um homem perfeito morresse pela humanidade, porque as exigências da justiça não podiam de outro modo ser satisfeitas.” (pág.229)

“Este derramamento do Espírito [por ocasião do batismo], foi o gerar para uma nova natureza, a divina, a qual devia estar plenamente desenvolvida ou nascida quando Ele houvesse plenamente consumado a oferta, o sacrifício da natureza humana. (pág.230)

“Cumpre-nos ter em mente, também, que nosso Senhor não é mais um ser humano; que, como ser humano, Ele Se entregou em resgate pelos homens.” (Volume II, pág.107)

“Foi Sua carne, Sua vida como homem, Sua humanidade, que foi sacrificada por nossa redenção. E ao ser Ele ressuscitado pelo poder do Pai, não o foi à existência humana; pois esta fora sacrificada como preço de nosso resgate.” (pág.129)

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Não há nenhum engano aí. O Cristo do russelismo não o Cristo da Bíblia. O salvador do russelismo não é o divino Filho de Deus, mas um salvador totalmente humano; a expiação do russelismo não é uma expiação da Palavra de Deus; o sacrifício russelita do pecado é apenas um sacrifício humano, de todo inadequado para fazer expiação; o advogado do russelismo perante o Pai, não é “Jesus Cristo homem”, mas alguém muito afastado da humanidade; o mediador russelita entre Deus e o homem não é o Mediador da Bíblia, que era tanto Deus quanto homem.

Assim nos pede o russelismo que aceitemos asserções sem fatos; argumentos sem as provas; e especulações não apoiadas pelo testemunho histórico ou bíblico. Ele espera que abandonemos nossa ancoragem, desatemos os cabos e vamos flutuando pelo vasto mar incógnito, de disparatadas hipóteses, nubladas teorias e ridículas afirmações; vaguemos aí, sem leme, sem mapa, nem bússola, até nos perdermos em regiões de nevoeiro e trevas, de cepticismo e incredulidade. Isto, recusamo-nos a fazer. A Bíblia proporciona base para nossa fé e esperança, base que não trocamos por qualquer sistema pouco satisfatório como esse. A Bíblia, e ela tão somente é nosso credo; e quando qualquer sistema ou ensino contradiz a Palavra de Deus, pode ser sumariamente abandonado como errôneo.

 

PUBLICAÇÃO

Casa Publicadora Brasileira (Santo André/SP)

Por: AUTOR DESCONHECIDO

Publicado em 22/05/2017

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