Superstições: talismãs, amuletos e patuás

 SUPERSTIÇÕES  

TALISMÃS, AMULETOS, PATUÁS 
 
 
 
 
 
Quando vocês tomarem posse da terra que o Eterno, o nosso Deus, está dando a vocês, não imitem os costumes nojentos dos povos de lá. Não ofereçam os seus filhos em sacrifício, queimando-os no altar. Não deixem que no meio do povo haja adivinhos ou pessoas que tiram sortes; não tolerem feiticeiros, nem quem faça despachos, nem os que invocam os espíritos dos mortos. O Deus Eterno detesta os que praticam essas coisas nojentas e por isso mesmo está expulsando da terra esses povos, enquanto vocês vão tomando posse dela. Em todas as coisas sejam fiéis ao Eterno, o nosso Deus. (Deuteronômio 18:9-13)
 
 
 
INTRODUÇÃO
 
 
 
Ao tratarmos das práticas ocultistas, heréticas, exercitando a crença do uso de objetos para impedir ou incentivar o acontecimento de determinadas coisas, precisamos incluir as superstições (amuletos, sorte, azar, etc.). Se essas práticas são consideradas heresias, exemplo de coisas ocultas, então elas estão em desacordo com os ensinos das Sagradas Escrituras.
 
Essas superstições, acompanhadas de uso de amuletos, patuás e talismãs, costumam se instalar em meio às comunidades ignorantes. Por causa da colonização portuguesa, é comum ver-se superstições nas localidades à beira-mar, ou na zona rural, normalmente entre pessoas de pouca instrução. Sem dúvidas, o ocultismo favorece o aparecimento desses amuletos e mandingas no meio do povo.
 
O escritor grego Plutarco (50 a 120 d.C.) considerava a superstição como uma doença da alma, da qual precisamos nos defender. Como exemplos, podemos citar a chave (acesso, iniciação), Ferradura (proteção e boa sorte) e o elefante (melhoria nas finanças), entre outros tantos.
 
Essas superstições se travestem de simplicidade, parecendo não trazer nenhum prejuízo para quem nelas acredita, mas o ocultismo está presente ali com o objetivo de distanciar as pessoas de Deus, que abandonam a dependência que sempre tiveram d’Ele para acreditarem que os amuletos podem substituir os Seus poderes. 
 

 
 
DEFINIÇÃO DE SUPERSTIÇÃO
 
 
 
Sendo assim, baseados no texto bíblico citado anteriormente, podemos definir SUPERSTIÇÃO como um pecado, uma ofensa a Deus. Simplificando a explicação, podemos dizer que o supersticioso leva a sua alma para a desgraça completa e eterna, enquanto vive a superstição. Outra definição que lemos em algum lugar diz que SUPERSTIÇÃO é uma espécie de crença no poder mágico de certas coisas ou fatos, mas sem qualquer fundamentação científica. 
 
Vamos contar uma história, para que se entenda melhor o que seria a superstição.
 
 
Uma jovem esposa, que tinha dois filhinhos, procurou uma quiromante a fim de saber se o seu marido ainda estava vivo, na guerra onde se encontrava. Ele houvera sido aprisionado pelos russos e ninguém tinha qualquer notícia sobre o seu paradeiro. 
Diante da mulher, a cartomante estendeu o seu baralho e disse: “O seu marido não vive mais. Morreu num campo de concentração na Sibéria.” Não suportando tal revelação, a jovem esposa foi para casa, abriu o registro de gás e envenenou-se com os dois filhos. Como na Alemanha era lei sepultar os mortos só três dias após sua morte, aconteceu um fato trágico: o marido chegou da guerra no segundo dia após a morte da esposa e dos filhos e ainda conseguiu participar do seu sepultamento. 
 
 
Essa história nos lembra de duas citações bíblicas: a primeira diz que “A falsa testemunha não ficará impune, e o que profere mentiras não escapará” (Provérbios 19:5); a segunda diz que “Chegar-me-ei a vós para juízo, e serei testemunha veloz contra os feiticeiros, adúlteros, contra os que juram falsamente”. (Malaquias 3:5)
 
 
 
 
NEOPAGANISMO
 
 
 
O Neopaganismo é o reavivamento do Paganismo Antigo, chamado de “Mitraísmo”, também manifesto em feitiçarias (wicca), ocultismo e outras práticas ligadas à Nova Era.  Essa prática tem por base o politeísmo, o oculto, o relativismo e o pluralismo, liberando seus seguidores para adorar a qualquer deus ou deusa, antigo ou moderno, seja do Oriente ou do Ocidente.
 
A propagação deste misticismo pagão mistura TOTEMISMO, uma prática que adora figuras esculpidas em totens de madeira, que podem representar uma pessoa ou animal sobrenatural, emblemas de tribos ou indivíduos tribais das mitologias, podendo incluir na sua figura uma grande diversidade de atributos e significados. 
 
 
O Totemismo costuma se misturar com FETICHISMOS, culto de objetos que se supõe representarem entidades espirituais e possuírem poderes de magia, e também com XAMANISMO, um termo genericamente usado em referência a práticas etnomédicas, mágicas, religiosas (animista, primitiva), e filosóficas (metafísica), envolvendo cura, transe, transmutação e contato entre corpos e espíritos de outros xamãs, de seres míticos, de animais, dos mortos.
 
 
Os amuletos ligados à magia, espiritismo, sorte e prosperidade estão por toda parte, atrelados ao fosso supersticioso do ocultismo, prática expressamente condenada por Deus na Bíblia (Deuteronômio 18:9-12).
 
 

SUPERSTIÇÃO:
UMA ESCOLA DE FEITIÇARIA
 
 
 
Tanto a feitiçaria quanto as benzeduras gozam de grande aceitação, sendo vastamente espalhadas por todo o mundo. Em muitos casos de doença, deixa-se de procurar um médico para visitar alguém famoso por “benzer”.
 
Essas benzeduras são usadas também em animais ou para afugentar maus espíritos da casa e do campo. Ao “benzer”, são empregados sinais misteriosos, às vezes misturados com o sinal da cruz do catolicismo romano, chegando-se a incluir o nome do Deus Triúno, nesses rituais.
 
Na verdade, não é Deus quem está abençoando, mas as forças do mal, pois o Senhor não se deixa dirigir pelas nossas palavras. Ele só permite que se peça coisas a Ele. A forma como invocam a Deus, durante as “benzeduras”, não provém da Palavra, mas apenas o nome d’Ele é pronunciado sem obediência de fé, apenas com o objetivo de obter uma vantagem.
 
Quanto mais as pessoas se afastam de Deus, mais vão caindo em superstição. Vamos dar alguns exemplos: Muitas pessoas têm medo do número “13”, ou da “sexta-feira”, quando um “gato preto” lhes atravessa o caminho, etc. São armadilhas que Satanás vai criando para nos afastar de Deus. O que nós precisamos é temer e amar a Deus, confiando n’Ele acima de qualquer coisa. É como diz o Salmo 37:5: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais ele fará.” 
 
A Cartomancia, por exemplo, é uma das práticas de feitiçaria que diz ler o futuro das pessoas nas cartas do baralho. Sobre isso, Deus diz que “Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo.” (Levíticos 20:6)
 
 

A BÍBLIA E AS PRÁTICAS PAGÃS
 
 
 
A seguir, algumas práticas pagãs ligadas ao Animismo e às superstições, que podem ser facilmente rechaçadas pelos ensinos bíblicos:
 
Uso de colares e adornos místicos: Ezequiel 16:16-25
 
Elas prendem as almas humanas: Ezequiel 13:18-23
 
Pedras Energéticas:  Jeremias 3:9 e Levíticos 26:1
 
Elas são abominações: Atos 19:19 e Deuteronômio 18:9-12
 
Figuras Esotéricas: Deuteronômio 16:21 e Isaías 44:9-20
 
Símbolos da Natureza: 2 Reis 18:3-4 e Isaías 17:7-8
 
Pulseiras, tornozeleiras, brincos místicos, como búzios, penas e patuás:  Ezequiel 13:18-23; Isaías 47:13-14; Jeremias 8:2
 
As figuras vêm de espíritos enganadores:  Oséias 4:12; Zacarias 10:2 e Habacuque 2:18
 
 

PRÁTICAS COMUNS DE SUPERSTIÇÃO
 
 
Vamos agora conhecer algumas práticas e mandingas modernas, que podem ser chamadas de superstições.
 
Roupa branca no Réveillon: Tornou-se uma tradição no Brasil o uso de roupa branca nas comemorações de passagem de ano, como uma espécie de voto para que a virada de ano traga alegria, realização e a paz mundial.  Algumas pessoas acreditam que os rituais oferecidos a Iemanjá, na noite de 31 de dezembro, tenham influenciado essa opção de se usar roupa branca no réveillon. As mães-de-santo do Baixo Espiritismo usam vestimentas brancas nas suas oferendas à beira-mar, quando pulam sete ondas, colocam flores na água, etc. Sem dúvida alguma, isso é um belo exemplo de superstição.
 
Passar por baixo de uma escada: Segundo as crenças, se alguém passar por baixo de uma escada, começará a ter azar na sua vida. 
 
O número 13 é agourento: A cidade de Nova York, apesar da sua grandeza, é famosa pelas suas superstições. Como temem demais os “azares” do número 13, muitos edifícios não possuem o décimo-terceiro andar, pois as pessoas não aceitariam morar ali. Alguns hotéis, por exemplo, instalam seu restaurante ou depósitos no 13º andar, temendo que seus hóspedes se negassem a alugar quartos nesse andar. 
 
O número 13 é símbolo da sorte:  Por outro lado, acredita-se, no Brasil, que o número 13 traga sorte. Muita gente procura por bilhetes de loteria que incluam esse número, acreditando que possuam mais possibilidades de serem premiados. Zagallo, o velho treinador de futebol, que já jogou e treinou no Flamengo, Botafogo e também na Seleção Brasileira, é muito conhecido pelas suas superstições com o número 13, dando sempre um jeitinho de adaptar seus movimentos a esse número. 
 
Sexta-feira 13: Os cristãos costumam considerar tanto a sexta-feira como o número 13 como símbolos de azar, transformando esse dia em algo duplamente agourento. Tem gente que tenta explicar que a origem disso é que Jesus foi crucificado numa sexta-feira e que a sua última ceia contou com a presença de 13 pessoas. Outros afirmam que essa superstição veio da Mitologia Nórdica, acerca da discórdia de 13 deuses que acabaram com a morte do deus Balder. Vamos parar por aqui.  
 
Sexta-feira Santa I: Em algumas regiões, é costume considerar a madrugada da Sexta-feira Santa como um período em que o pecado deixa de ser cobrado por Deus, uma vez que Jesus “foi morto nesse dia e não poderia saber quem está pecando”. Assim, foi criada a prática de roubar galinhas dos galinheiros alheios na madrugada desse dia, antes do domingo em que Jesus ressuscitaria. Dessa forma, as galinhas trocavam de donos, altas churrascadas eram feitas de graça e ninguém se sentia culpado pelo delito. 
 
Sexta-feira Santa II: As superstições com a Sexta-feira Santa não acabam no assalto aos galinheiros. Durante esse dia, os meninos não deveriam jogar futebol, pois estariam “chutando a cabeça de Jesus, que estava morto.”  Ouvir música nesse dia, nem pensar!!! Carne? Só de peixe!  Também não se podia cavar a terra, nesse dia. Infelizmente, não lembramos qual a implicação com isso. 
 
Superstições na Inglaterra: Os supersticiosos eram proibidos de colocar seu chapéu sobre a cama, pois isso trazia um tremendo azar para a família toda. Também não podiam derramar sal sobre a mesa ou colocar facas em cruz (uma cruzada sobre a outra). Problemas sérios!!!
 
A cabeça e a cama:  Deitar com a cabeça virada para o lado Norte evita que sejamos enganados; deitar com a cabeça virada para o lado Sul traz riqueza; deitar com a cabeça virada para o lado Leste traz sabedoria, pois a luz vem do Oriente; recomenda-se deitar a cabeça virada para o lado Oeste, pois isso atrai viagens bem sucedidas. Outros cuidados na cama: Abra primeiro o olho direito, quando se acordar, pois traz êxito nos negócios; se abrir os dois olhos ao mesmo tempo, enxergará as coisas de forma mais clara. (Grande novidade!!!) 
 
O avesso e a sorte: Colocar as meias pelo avesso atrai boas notícias; camisa pelo avesso impedirá de ser mordido pelos cachorros. 
 
Mascote traz sorte: Na Inglaterra se acreditava no meio militar que um mascote sempre trazia boa sorte às tropas, contra maus presságios. Assim, o Ministério da Defesa Britânico ordenou que todos os regimentos tivessem um mascote. Por isso, até um burro, um cão ou um gato, ou outro bicho qualquer poderia ser convocado e aparecer na Ordem de Serviço do Dia dos quartéis ingleses. Consta que as cabras são os mais antigos animais que já “sentaram praça”. 
 
Orvalho Milagroso:  Como na Idade Média a saúde era muito ligada à superstição, a medicina se utilizava muito de feitiçarias. Por exemplo, acreditava-se que o orvalho da noite de São João possuía um poder miraculoso. Na Sicília, o orvalho era considerado um excelente bálsamo para as feridas. 
 
Napoleão Bonaparte: O famoso e sanguinário conquistador costumava chamar de charlatães aos adivinhos, mas lá no fundo ele tinha os seus temores. Em 1794 permitiu que uma cigana lhe lesse a mão e embora ela tenha acertado que ele viria a ser muito famoso e temido, ele continuou a não acreditar “nessas coisas”. Mas ele acreditava em presságios e na sua boa estrela. Em 1808, quando chegou a Burgos, recebeu uma má notícia e isso foi suficiente para deixá-lo apreensivo.
 
Quebrar ovos: A forma como se quebra as cascas dos ovos, pode ser vital para a sua vida!  Se usar uma colher para abrir a casca, nunca vai lhe faltar dinheiro.
 
Abra o olhos com os ouvidos: Se você sentir um zumbido na orelha esquerda, significa que estão falando bem de você; se for na orelha direita, é porque você está sendo caluniado.
 
Guilherme II, da Alemanha:  O Kaiser Guilherme também tinha as suas crendices nos mistérios do além. Por exemplo, ele acreditava que o seu anel, que herdara dos seus antepassados, lhe assegurava a dinastia real. Havia uma lenda de que um ancestral seu, Jorge Frederico, fora enterrado com esse anel e um dos seus ramos familiares se extinguiu por falta de descendência masculina. Como depois aconteceu que outro ancestral, Frederico Guilherme, também só estava tendo filhas, alguém lhe aconselhou a recuperar o anel do túmulo de Jorge Frederico. Acredite quem quiser, assim que o anel foi retirado do dedo de Jorge e colocado no dedo de Frederico Guilherme, ele teve um filho varão, que viria, mais tarde, a ser o bisavô do nosso Kaiser Guilherme II. Assim, segundo a lenda, a dinastia não se extinguiu.
 
Espelho quebrado: Cuidado para não quebrar espelho na sua casa, pois isso traz sete anos de azar para toda a família.
 
Gato preto e Coruja: Acredita-se que a coruja e o gato preto são indícios de mau agouro (Deuteronômio 33:27). Quanto ao gato preto, existe uma série de situações mencionadas por aí, como o azar que provocaria um deles atravessar à nossa frente. Por esses motivos, existe nos Estados Unidos uma matança de gatos pretos na madrugada para o dia de Halloween, 31 de outubro.
 
Medicina em Veneza: Muitos curavam queimaduras por lá amarrando a pessoa queimada ao tronco de uma árvore, obrigando-a a dizer 3 vezes, sem tomar fôlego: “Aí te ponho e aí te deixo”. Pode apostar que dá certo, mas tem que ser em voz alta.
 
Dor-de-cabeça: Em outra região curava-se a dor-de-cabeça esfregando um fio na cabeça do paciente. Esse fio depois era atado a uma árvore. Pelo que acreditavam, a dor passaria para o primeiro pássaro que pousasse naquela árvore. Nenhum deles abriu B.O. para reclamar disso.
 
Bebê que troca o dia pela noite: Quando acontecer isso, coloque uma tesoura debaixo do travesseirinho dele e ele passará a dormir de noite. Agora, quando você arrumar os tiptops do enxoval na sua gravidez, nunca dobre as manguinhas para trás, pois o bebezinho corre um sério risco de nascer com os braços quebrados.
 
Que pé devemos usar primeiro? Para sair da cama, de casa ou entrar em algum lugar, use primeiro o pé direito e terá bastante sorte naquele dia. Observe os jogadores de futebol, quando entram em campo: colocam primeiro seu pé direito quando pisam no gramado. 
 
Walter Scott: Esse famoso escritor escocês tinha uma superstição muito interessante no tempo em que era estudante: sempre que era escolhido para recitar uma lição, ele apertava o botão de madeira do seu casaco, para dar sorte, pois naquela época acreditava-se que tocar em madeira trazia sorte. Descobrindo o costume dele, seus colegas de classe arrancaram o botão do seu casaco, e no dia em que ele precisou recitar uma lição, foi um tremendo fracasso.
 
Prisão de ventre: No Brasil existem vários remédios para isso, que vieram de Portugal, como a água-panada, por exemplo, uma infusão feita com pão seco para curar os males intestinais.  
 
Cura para azia:  Outra receita portuguesa era para curar azia. O enfermo teria que dizer 3 vezes: “Azia, Ave Maria” e depois recitar a oração: “Santa Íria tem três filhas; uma fia, outra cose e outra cura o mal da azia”.  Como dizem por aí: “É tiro e queda!” 
 
Cisco no olho:  Para tirar um cisco do olho, existem dois recursos:  um é esfregar a pálpebra e dizer 3 vezes: “Vai-te argueiro pro olho do companheiro”. Um outro modo mais simpático e científico é colocar-se uma semente de alfavaca na pálpebra, que então deverá ser esfregada. A semente de alfavaca vai ficar grudada ao cisco, e os dois saem juntos do seu olho, sendo felizes para sempre.
 
Receita de Serapis: Os antigos egípcios costumavam trazer os enfermos para passarem a noite no templo do deus Serapis. Diziam que durante o seu sono, Serapis “receitava” o remédio adequado. 
 
Espantar mau-olhado, inveja e azar: Para atingir esse objetivo, costuma-se estar munido de um pé-de-coelho, fitinhas da Bahia, buda pendurado num prego, elefante branco, figa, etc.
 
 
SUPERSTIÇÕES SOBRE A MORTE
 
 
 
Abaixo, algumas superstições que coletamos, todas tratando sobre o assunto MORTE, sendo que desconhecemos a origem de algumas delas.
 
1) Quando morre uma pessoa, todas as portas da casa devem ser abertas, me modo que a alma possa sair. A porta dos fundos, entretanto, deve permanecer fechada, pois em hipótese alguma a alma poderá sair por lá. Dá azar para quem estiver vivo, na casa!
 
2) Não se deve chorar a morte de um bebê, pois ele ainda é um “anjinho” e nossas lágrimas podem molhar suas asas e ele não poderá alçar voo para o céu.
 
3) As casas no Japão não possuem aberturas para o lado nordeste, para que os demônios que vêm de lá não possam entrar na casa, quando alguém está morto ali.
 
4) Quando uma pessoa sente um tremor, é porque a morte passou por perto dela. Assim, quem estiver por perto deve tocar nessa pessoa e dizer: "Sai morte, que ele está bem forte!"
 
5) Acender cigarros de três pessoas com o mesmo fósforo provoca a morte da terceira pessoa, quase sempre será a mais jovem das três.
 
6) Quando várias pessoas estão conversando e todas param repentinamente de falar, significa que algum padre morreu nas proximidades.
 
7) As pessoas se vestem de preto nos funerais como um ardil para “tapear” os maus espíritos que estiverem por perto, frequentando o velório ou o sepultamento.
 
8) Quando algumas garotas estão comendo bolachas de um pacote, aquela que comer a última corre o risco de morrer solteirona.
 
9)  Quando estiver num sepultamento, num cemitério, cuidado para não trazer terra de lá grudada no seu sapato, pois isso trará morte para a sua família.
 
10) Quando estiver passando um enterro, não atravesse o acompanhamento pelo meio das pessoas, pois isso atrairá morte. O mais seguro nessas horas é acompanhar o enterro.
 
11)  Apesar dos japoneses transpassarem seus quimonos da esquerda para a direita, não faça isso com um defunto. Ao contrário, transpasse da direita para a esquerda. Não pergunte por quê, pois não descobrimos o motivo.
 
12) Nas Filipinas existe uma superstição de se tirar os sapatos do defunto antes de ser enterrado, para que São Pedro o receba bem. 
 
 

AMULETOS, TALISMÃS E PATUÁS
 
 
 
No mundo das superstições, as pessoas costumam “materializar” seus temores e esperanças, sortes e azares em objetivos diversos. Para cada situação deverá haver um amuleto, um talismã, um patuá e assim por diante, objetos que deverão ser usados como proteção mágica a partir daquele momento,  afastando as más influências. 
 
O uso de talismãs indica que Deus não é suficiente e que Ele precisa de uma “ajudazinha” de vez em quando. Você deveria destruir tais objetos (Atos 19:19).
 
Essas crendices têm raiz no Animatismo e no Ritualismo Primitivo, crendo que certos objetos possuem uma espécie de energia vital emanada dos espíritos (Deuteronômio 7:26). Mas nós dizemos: Acredite em Deus” (Jó 5:19-27).
 
A utilização de amuletos existe desde que o mundo é mundo, em todas as civilização como os egípcios, os hebreus e assim por diante. Os hebreus, o Povo de Deus, costumavam esconder versículos bíblicos dentro de seus amuletos, que poderiam ter as mais diversas formas:  dentes de animais, madeiras, ervas, e até pedras preciosas.
 
Enquanto os amuletos defendem o seu possuidor de maus acontecimentos, os talismãs dão ao seu dono um poder mágico ativo, favorecendo a realização de inúmeros desejos. Em outras palavras, os amuletos protegem do azar, enquanto que os talismãs trazem sorte. Como talismãs famosos podemos citar a ”Lâmpada de Aladim”, que atendia desejos, e o “Selo de Salomão”, um anel com poder para dominar anjos.
 
Vejam essa relação de objetos usados como amuletos: cabeças de alho, dentes de alho, amêndoas, âncoras, chifres de carneiro, galhos de arruda, víboras, caroços de tâmara, castanhas, cebolas, chaves, garrafas, cavalos-marinhos, dentes de javali, lagartixas, nós, vassouras, sapos, tesouras, etc.
 
Muitos dizem que não acreditam nessas práticas, mas o simples fato de participarem delas já é uma abominação (Deuteronômio 18:9-12).
 
 
Vamos agora tratar de alguns desses talismãs, amuletos, patuás, balangandãs, etc., para que se tenha ideia da variedade de superstições em vivem as pessoas do passado e do presente.
 
Pimenta Sensitiva:  É receita da vovó que se deixe bem visível em casa um vasinho com pimenta. Segundo os entendidos, pela sua cor e ardência a pimenta possui a capacidade de filtrar vibrações negativas. Caso aquela pessoa de “olhar carregado” apareça para um papinho, essa pessoa se sentirá atraída pela vibração da plantinha, fazendo com que o seu “grande poder” seja desviado. A pimenta é usada em cultos ritualísticos e não é raro sua figura aparecer em joias e semijoias, tatuagens e patuás. Atenção para esse conselho:  caso seu pé-de-pimenta comece a murchar, está sinalizando que seu papel já foi cumprido na Terra e que a plantinha deve ser substituída. 
 
Olho grego ou Olho Místico:  Esse objeto é repleto de simbolismo na cultura oriental, conservando aquele medo histórico que as pessoas têm do mau-olhado, associado ao conceito da purificação e boa sorte. Por ser esteticamente atraente, sua imagem é muito usada em joias e bijuterias, tatuagens e até em estampas de camisas. 
 
Hamsá ou Mão de Fátima: Intrigante e visualmente impactante, esse objeto é um modelo muito usado nas tatuagens, e facilmente encontrado em lojas especializadas em produtos esotéricos, feiras de artesanato e nos mostruários de semijoias. Sua principal função é barrar a inveja. No Oriente Médio tem função catalisadora em rotinas de oração.
 
Trevo da Sorte: O trevo-de-quatro-folhas é um dos clássico da superstição. É uma planta dificílima de ser achada, e uma garantia de sucesso e felicidade para o futuro. Virando um negócio, o trevo passou a ser uma plantinha acomodada numa embalagem plástica, podendo ser carregada na carteira ou na bolsa. Atualmente é mais comum o uso desse trevo na forma de chaveiros, pingentes e pulseiras de semijoias.
 
Cruz ou Crucifixo:  Apesar de eminentemente religiosos, esses objetos são usados como amuletos da sorte pelos cristãos, transformando-se num talismã pagão. Muitos usam a cruz pendurada num cordão de ouro, esperando terem sorte e serem livres do mau-olhado. Vale acrescentar que a cruz, apesar de fortemente associada ao cristianismo, sempre esteve presente em outras civilizações ancestrais ao cristianismo, como a egípcia, que a usava em rituais funerários.
 
Sal grosso: É comum ouvir-se pessoas, ao se queixarem de falta de sorte, dizerem que precisam tomar um banho de sal grosso para se livrarem do azar. Por sinal, é muito comum o uso do sal grosso nos rituais de Candomblé, nas receitas de simpatia, pois o seu cristal é considerado um importante purificador de ambientes, com o objetivo de neutralizar energias negativas. 
 
Pomba da Paz:  Considerada pelos cristãos como o “Símbolo do Espírito Santo”, a pombinha transformou-se num poderoso adereço e poderoso amuleto de proteção. Esse prestígio da pombinha remonta à época de Noé, que a usou para procurar vestígio de terra seca, após o grande dilúvio.
 
Pata de coelho:  Muita gente acredita que usar uma pata de coelho traz sorte, pois esse animal se multiplica rapidamente, virando um símbolo de poder e fertilidade. Os escravos negros do sul dos Estados Unidos consideravam o coelho como um bicho sobrenatural, o mais esperto de todos. Por isso, a força de crescimento nessa crença levou as pessoas a usarem um “pé-de-coelho” como amuleto contra as doenças em geral.
 
Ferradura:  Existe um dito popular muito famoso, que diz: “Se ferradura desse sorte, cavalos e burros não puxavam carroça!”  Porém, o uso da ferradura também parece ter um poder mágico. Desde o tempo das carruagens era comum pendurar-se uma ferradura de cavalo na soleira das portas. Caso ela caísse no chão, quem a pendurou passaria a ter azar.  
Segundo as crendices, isso se deve a três motivos: primeiro, o seu formato de lua crescente, que é venerada em muitas regiões; em segundo lugar, a sua ligação com o cavalo, que é considerado uma defesa forte contra o mau-olhado, e em terceiro lugar, o fato de ser feita de ferro, que costuma repelir as bruxas, os duendes e os maus espíritos. 
A imagem de uma ferradura também passou a ser esculpida como pingentes de semijoias e chaveiros. 
 
Elefantes da Índia:  Os hindus usam pequenas esferas em marfim, nos seus colares, cada uma delas contendo elefantes pequeniníssimos esculpidos.
 
Gato japonês: No Japão, um amuleto interessante é a estatueta de um gato sentado, com a pata direita estendida para a frente. Seu nome é “Maneti”, ou seja, “o gato que convida”.
 
Dente de jacaré: Na América Latina acredita-se que os dentes de jacaré protegem a futura dentição das crianças.
 
 
 
AMULETOS BRASILEIROS
 
 
 
Por causa da escravatura, o Brasil sofreu muito influência africana nos usos e costumes populares, principalmente na Bahia e outros estados nordestinos. Entre eles, podemos citar: 
 
Aquiri: Acreditava-se que o Aquiri protegia do perigo quem o usasse sob a axila direita. É composto de três caixinhas de couro, unidas por um cordão, contendo produtos tidos como mágicos. 
 
Balangandãs: Esses pequenos objetos ficaram muito conhecidos internacionalmente por causa da cantora Carmem Miranda, constando de um conjunto de miniaturas em ouro e prata, campainhas, figas, corações, placas, frutos, chaves, cadeados, sapatinhos, conchas, etc. Essas pequenas peças são presas numa argola de metal e penduradas na cintura das mulheres. Os balangandãs são amuletos para afastar o mau-olhado e as forças contrárias dos inimigos. 
 
Breves: São saquinhos de pano ou couro contendo uma oração, pendurados no pescoço da pessoa por uma fita. É considerado uma forte proteção contra perigos e dificuldades, muito tradicional no Norte e Nordeste do Brasil.
 
Cajila: Amuleto para atrair a caça, a pesca, os bons negócios e amores. Muito usado na Região Norte do país.
 
Laguidibá: Amuleto composto por contas pretas, esculpidas em chifres de boi e usadas nos pescoços ou cinturas das crianças negras, em forma de colar, como proteção.
 
Uirapuru: Os índios brasileiros da Amazônia acreditavam que esse pequeno pássaro trazia fortuna e felicidade ao seu possuidor.  Ter um uirapuru significava sorte. 
 
Muiraquitã: Quase todos os índios da Amazônia carregavam amuletos, sempre pressupondo que tais objetos os protegiam e davam sorte. O Muiraquitã era um artefato talhado em pedra verde, como o jade, a nefrita e a jadeíta, podendo ter a forma de sapo, peixe, tartaruga, serpente, etc. Possuía furinhos por onde passavam cordéis que o amarravam no pescoço do dono. Ainda é muito encontrado na região da foz dos rios Nhamundá e Tapajós.
   
 
 
         
AS CARTAS DO BARALHO
 
 
 
As cartas do baralho foram criadas no ano de 1392 para uso pessoal do Rei Carlos (França), quando este sofria de debilidade mental.
 
O homem que criou essas cartas era um degenerado, um homem que costumava escarnecer de Deus e dos Seus Mandamentos. Para sua criação maligna, e de forma blasfema, ele foi escolhendo personagens bíblicos conhecidos para representarem as figuras desenhadas nas cartas: o REI representava o diabo; a DAMA representava Maria, a mãe de Jesus; COPA e ASES representavam o sangue do Senhor Jesus; o VALETE representava Jesus; PAUS e outros símbolos representavam a perseguição e a destruição de todos os santos.
 
O desprezo desse homem pelos 10 Mandamentos estava expresso pelo número 10 de suas cartas. A conclusão do missionário Wim Malgo, o divulgador dessa pesquisa, é que o baralho não passa de uma grande blasfêmia contra Deus.
 
 

COMO LIBERTAR-SE DAS SUPERSTIÇÕES
 
 
 
Existe uma série de caminhos para que consigamos nos libertar dos pecados e do poder da superstição, e alguns deles serão dados a seguir.
 
Reconhecer o pecado: É necessário que reconheça que qualquer prática de superstição não é uma simples brincadeira, mas um pecado, uma ofensa à eficácia do poder de Deus. Tanto quem promove como quem pratica está sob igual condenação de Deus.
 
Confessar o pecado: É preciso que quem tenha praticado o pecado de superstição declare sinceramente em oração que além de reconhecer o seu erro, não voltará a depositar sua fé em práticas claramente proibidas pela Bíblia. Veja o que diz o primeiro capítulo do Evangelho de João, no versículo 9: “Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é certo: Ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade.”
 
Abandonar a prática desse pecado: A partir daí, o pecador passará a obedecer apenas às orientações de Jesus, destruindo tudo o que tenha ligação com superstições, crenças, como quadros, livros, estatuetas, etc. 
 
Crer em Jesus Cristo como Senhor e Salvador: Para que o pecador tenha certeza de que estará tomando a decisão certa, basta ler o que Jesus deixou escrito no Capítulo 6:37 do Evangelho de João: “Quem vem a mim, de modo algum o lançarei fora.”
 
 
Existe uma série de enfeites residenciais que são criados e usados com fins místicos, e que por isso devem ser evitados, afastados de nossas casas:
 
a)  Oratórios, altares e imagens: Jeremias 10:3-15
 
b)  Pinturas que envolvem imoralidade:  Efésios 5:3-5
 
c) Arte ilustrando o pecado, ocultismo, feitiçaria, malignidade, blasfêmias, divindades, etc.: Isaías 52:11; 2 Coríntios 6:17 e Efésios 5:11
 
 

FONTES DE PESQUISA
 
 
 
MELO, Édino. A Bíblia: religiões, seitas e Heresias. Transcultural Editora. Campinas, SP. Série “Ferramentas” 
 
O PESCADOR, jornal da Igreja Luterana. Tubarão/SC. Edição JUL/2008.
 
REVISTA SUPERINTERESSANTE. As origens de 16 superstições de sorte e azar. Disponível em https://super.abril.com.br/mundo-estranho/as-origens-de-16-supersticoes-de-sorte-e-azar/. 18/06/2019.
 
 
 
 
AUTOR DA PESQUISA
Walmir Damiani Corrêa
www.elevados.com.br
 

 

Por: Walmir Damiani Corrêa

Publicado em 18/03/2020

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