Adultério: verdades, mentiras e tabus

 ADULTÉRIO

VERDADES, MENTIRAS E TABUS
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO
 
 
 
Quando os anos frequentando igrejas evangélicas vão se transformando em décadas, é bom parar um pouco e analisar o que se tem aprendido, o que se tem ouvido, para ver se realmente estamos “crescendo na fé e no conhecimento”, como a própria Bíblia recomenda que se faça continuamente. 
 
Quando se atinge esse patamar de conhecimentos, já não dependemos exclusivamente dos ensinos dos pregadores, dos livros, etc., para que consigamos ter acesso e entendimento de bons estudos bíblicos, ampliar aquilo que aprendemos ouvindo aos outros, momento em que começamos a descobrir novas nuances contidas nas Sagradas Escrituras. É o momento em que passamos a ter visões próprias dos assuntos ali registrados.
 
Vamos falar mais claro. Passamos a vida ouvindo pregadores e escritores cristãos refletirem sobre os mesmos temas, como o cerco de Jericó, as besteiras que Adão e Eva fizeram enquanto estavam no Éden, a retidão de Abraão, a gravidez de Sara aos 90 anos, a liderança de Moisés, o sofrimento de José do Egito e Jó, a poesia espiritual dos salmos, e de uma infinidade de outros assuntos e personagens do Antigo Testamento. 
 
Se nos transportarmos para o Novo Testamento, os temas mais comentados têm sido a célebre subida de Zaqueu naquela bendita árvore, as bem-aventuranças, os milagres e as parábolas, o gênio irrequieto de Pedro, o capítulo 13 de Primeira Coríntios, a transformação do endemoninhado gadareno, a conversão fulminante de Paulo, sua prisão com Silas, etc. Quando o assunto chega aos dízimos, nossos pregadores não deixam de citar Ananias e Safira, e quando pretendem lembrar dos dias futuros, sempre citam João e o livro de Apocalipse.
 
Entretanto, existem verdadeiros tabus separando a maioria dos pregadores, temas que lhes aborrecem, que suscitando-lhes situações de mal-estar entre eles e os frequentadores das suas igrejas, como os casamentos terminados e, inevitavelmente, os segundos casamentos, normalmente proibidos pela Bíblia Sagrada, como refletiremos a seguir, mas realizados mesmo assim, sacramentados em cima de aparentes “furos” da própria Bíblia. Na verdade, esses “furos” são criados pelos próprios crentes, no momento em que precisam se apoiar em algo que não existe, para tentar legitimar uma postura, alguma coisa que lhes traga a vantagem desejada.
 
É em cima desse assunto polêmico, verdadeira “pedra no sapato” para a maioria dos dirigentes eclesiásticos, que vamos procurar refletir a partir de agora, principalmente com os crentes novos-convertidos, mas também com aqueles que possuem pouco entendimento bíblico. Tentaremos substanciar nossa pesquisa de modo a tratar claramente desse assunto que tem estado ausente dos púlpitos, durante os cultos de ensino da Palavra de Deus. Estranhamente, é um assunto tratado preferencialmente nos bastidores, de forma particular, e muito raramente nos púlpitos. Se os templos evangélicos fosse católico-romanos, tranquilamente que esse assunto seria tratado apenas nos “confessionários”, que proíbem aos sacerdotes que divulguem o que ali é “conversado”. 

 
1. UM HOMEM E UMA MULHER
 
 
Para que se chegue ao tema proposto por esta pesquisa, torna-se necessário que tratemos de vários assuntos ligados ao sexo, elos que formalizam a união entre um homem e uma mulher, e os desequilíbrios que Satanás tem criado para desestabilizar tais relacionamentos. 
 
Por isso, também precisaremos tratar um pouco sobre assuntos como homossexualismo, fornicação, adultério, etc., tudo de acordo com os ensinos registrados nos textos da Bíblia Sagrada, de modo que, no final da pesquisa, possamos apresentar alguma luz sobre o assunto, alguma “solução” para os casais preocupados em não contrariar a Deus.
 
Quando se fala em sexo, casamento, etc., é normal que logo se pense na união entre um homem e uma mulher, pois essa é a única união proposta pela vontade de Deus. Se nos reportarmos ao primeiro capítulo da Bíblia Sagrada, vemos Deus criando o homem, os animais e a natureza, reconhecendo, logo depois, que faltava uma companhia para o homem, momento exato em que Deus resolveu criar a mulher.
 
Observe que ninguém até hoje leu na Bíblia que Deus pensou em criar um companheiro para Adão, nem lhe aconselhou que procurasse “contato” com algum tipo de animal. Também não se acha nada escrito sobre Deus aconselhar Eva a procurar uma “coleguinha” para ela. Deus simplesmente criou um homem e uma mulher, e ordenou aos dois que frutificassem e enchessem a terra (Gênesis 1:28), e que se transformassem numa só carne (Gênesis 2:24). Até porque qualquer outro tipo de união não frutificaria, ou seja, não produziria descendentes, o que já estaria na contramão daquilo que Deus projetou.
 
 

 
1.1 SEXO, UM TABU A SER QUEBRADO
 
 
 
Como se viu no texto acima (Gênesis 1:28), Deus já vinha ordenando ao casal que povoasse a terra, logicamente através do contato sexual. Estamos dizendo isso apenas para contradizer àquelas pessoas que gostam de considerar o sexo como uma coisa impura, pecaminosa, e que deve ser evitada.
 
Há algumas décadas ajudamos a montar um trabalho escrito que registrava o conteúdo de uma série de mensagens do Pr. Bartolomeu de Andrade, enquanto nosso pastor na IGREJA ADI, de Tubarão/SC. Esse trabalho refletia a respeito dos propósitos divinos para o casamento, observações que usamos para confirmar as intenções de Deus quanto ao sexo entre um casal. Veja o texto utilizado: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que lhe corresponda.” (Gênesis 2:18)
 
Os teólogos, analisando a Criação, são unânimes em dizer que o homem foi criado para a glória de Deus, sendo que essa glória se revela em muitas coisas, como o casamento, assunto que estaremos mais afeitos neste estudo. Baseado em Gênesis 3:18, o Pr. Bartolomeu estabeleceu claramente três motivos de Deus ao criar o homem e a mulher: o companheirismo, a assistência mútua e a sexualidade. 
 
A sexualidade, como se pode perceber, se encontra no terceiro lugar, num grau de importância, pois só depois de estabelecida uma sociedade de companheirismo, de trabalhos, é que os dois estariam prontos para uma vida íntima. E veja que Deus pretendia, através da sexualidade, além do óbvio prazer que ela oferece, que acontecesse a reprodução humana, responsável pelo povoamento da Terra, como está registrado nas Escrituras. (Gênesis 1:28 e Gênesis 9:1)
 
Se começarmos a procurar pela Bíblia, descobriremos ali que Deus desejava que o homem gozasse a vida com a mulher da sua mocidade, que o leito matrimonial fosse digno de honra, que não houvesse impureza no sexo, desde que fosse colocado na sua real prioridade, sob os Seus olhos. Repetimos que, ocupando o seu lugar, o sexo é uma bênção dos céus. 
 
Referindo-se à essa legitimidade do ato sexual, diante de Deus, o Pr. Bartolomeu ainda diz que, no sexo, “não pode haver barreiras, falsas moralidades em defesa de uma falsa espiritualidade num casal.”
 
 
Assim, podemos garantir que o sexo não foi inventado pelo diabo, como muitos dizem, mas por Deus. É bom dizer também que a impureza não está no sexo em si, mas na forma como o mundo passou a tratar dos assuntos referentes a ele. Se lermos o texto contido em Primeira Coríntios 7:4,5 veremos o apóstolo Paulo incentivando os casais a não se privarem do sexo, a não ser por consentimento mútuo, como quando estiverem se aplicando a um período de oração. Aconselha, ainda, que depois devem voltar à prática sexual, “para que Satanás não os tente por causa da incontinência.”
 
Como vemos, é a Bíblia que vai orientando a vida sexual para os seus leitores; é Deus falando sem nenhum tabu, sem nenhum constrangimento, estimulando a expressão e o relacionamento sexual de um casal.
 
Para encerrar, e para evitar dúvidas, é bom que se diga que tudo o que a Bíblia ensinou acima sobre sexo, foi ensinamento direcionado para as pessoas casadas. Em momento algum a Bíblia sugere o sexo para deleite de namorados, amiguinhos, ou seja, de pessoas não-casadas, pois nesse caso tal ato passaria a receber o nome de “fornicação”, mais um pecado condenado por Deus.
 
 
 
1.2  HOMOSSEXUALISMO
 
 
 
 
 
As pessoas pouco acostumadas aos estudos bíblicos acharão estranho que este assunto possa ser tratado num livro tão sagrado como a Bíblia, mas é, e não pouco, uma vez que esses desvios de comportamento não são exclusividade dos dias atuais.
 
A comprovação dessa afirmativa pode ser conseguida com a leitura do capítulo 19 de Gênesis, que comenta a depravação das cidades de Sodoma e Gomorra, quando os homens normalmente se deixavam atrair por outros homens. É bom lembrar aqui que Satanás é quase tão antigo quanto Deus. 
 
Levíticos, por exemplo, o terceiro livro da Bíblia, mostra as seguintes leis: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher. É abominação.” (Levíticos 18:22); “Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos fizeram abominação.” (Levíticos 20:13) Não se assuste, mas essas coisas já aconteciam desde a época de Levíticos, e já eram condenadas, para ensino do povo hebreu, para que não pecasse.
 
Chegando ao Novo Testamento, vemos o apóstolo Paulo exortando aos crentes de Roma a respeito desse perigo: 
 
 
 “[...] mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram à criatura em lugar do Criador, [...] Deus os abandonou às paixões infames. Até suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. Semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, inflamaram-se em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpezas [...].”  (Romanos 1:25-27)
 
 
 O próprio apóstolo Paulo chegou a declarar que “Os efeminados não herdarão o reino de Deus”, quando se referia aos homossexuais ativos e passivos (Primeira Coríntios 6:9,10 e Gálatas 5:21). Apocalipse também o fez, em 22:15.  
 
Outro apóstolo que mencionou esse assunto em suas cartas foi Pedro, em Segunda Pedro 2:4-10, quando falou que Deus prometeu castigar aqueles que andassem em “imundas concupiscências”. Ali, Pedro se referia a Sodoma e Gomorra, de acordo com os fatos que pudemos conhecer em Gênesis 19. Tudo isso também é confirmado em Primeira Timóteo 1:10, quando Paulo alerta quanto ao exemplo deixado pelos “devassos sodomitas”. 
 
É bom registrar que essas declarações de Paulo e Pedro não são frutos de opiniões pessoais deles, mas oriundas de revelações de Jesus (Gálatas 1:12; 2 Timóteo 3:16). 
 
Muitas pessoas, atualmente, defendem o homossexualismo como uma doença a ser tratada, e não como um desvio de comportamento. As novelas estão aí a fazer verdadeiras apologias à união entre pessoas do mesmo sexo, mostrando tais situações como se fosse a coisa mais natural deste mundo. Inclusive, as novelas têm o cuidado de fazer com que todos os parentes dos “noivos” entendam a situação, achando que qualquer opinião contrária seja fruto de discriminação. 
 
Quando as novelas terminam, fazem questão de deixar essas uniões estabelecidas, passando aquela velha ideia do “foram felizes para sempre”, como se ali estivesse acontecendo um casamento de um príncipe pudico e uma princesa virgem. 
 
 
 
Quando começaram a divulgar tais ideias, as novelas apenas apresentavam homossexuais do sexo masculino, mocinhos simpáticos e bonzinhos, carentes, criaturas sem defeito que, fatalmente, atrairiam o apoio total dos telespectadores. Agora, contudo, partiram descaradamente para o lesbianismo e união das mulheres entre si. 
 
É possível que haja algum distúrbio existencial nas pessoas, que as leve a se comportar como se pertencessem a outro sexo, mas segundo o que diz a Bíblia, assumir tal desvio de comportamento é “depravação”.
 
 
 
 
1.3  SEXO COM ANIMAIS
 
 
 
Agora mesmo é que os leitores vão achar que isso é um exagero e que nada tem a ver com os ensinos bíblicos. Outro engano. Entre as leis registradas no livro de Levíticos, já mencionadas, temos mais uma: “Não te deitarás com um animal, para que te contamines com ele. A mulher não se porá diante de um animal, para juntar-se com ele. É perversão.” (Levíticos 18:23)  
 
Se voltarmos ao primeiro capítulo de Gênesis, vemos Deus criando a mulher, quando já existiam o homem e os animais. Fica claro que a companhia para ele seria a mulher, e nunca qualquer espécie de ser irracional.
 
É bom dizer-se que tais atos com animais não são exclusividade daquelas gerações pecaminosas há mais de 3.000 anos, mas também coisa atual. É comum ver-se testemunho de homens que praticaram tais obscenidades quando mais jovens, principalmente aqueles que se criaram em locais mais afastados dos centros, como em fazendas, sítios, etc., mantendo muito contato com animais.
 
Como vemos, a lei moral de Deus não se encerrou no Antigo Testamento, mas continua vigente nos dias atuais, pois esses atos, para Deus, continuam sendo abomináveis. Inclusive, se trouxermos para a justiça humana dos dias atuais, atos desse tipo podem levar até à prisão, segundo a Lei 9.605, de 12/02/98, que trata das ações lesivas contra animais e meio ambiente.
 
 
 
1.4  SEDUÇÃO FEMININA
 
 
 
Ah, as provocações... As mulheres, sabem muito bem como fazer isso!  Um dia ouvimos uma pastora querida ensinar que são três os itens que compõem a provocação feminina, e todos eles ligados ao modo indevido das mulheres se vestirem: Aderência, ausência e transparência. Pensem bem sobre esses três itens e depois experimentem dizer que não é verdade.
 
O pior é que esses três itens, agora, começaram a ser notados também na forma das mulheres se vestirem dentro das igrejas. É comum, atualmente, o uso de minissaias, blusas tomara-que-caia (como se dizia antigamente) e tudo muito transparente, apertado e provocativo.
 
No Novo Testamento, Jesus diz que apenas o desejo do coração já se configura como pecado, não precisando que se pratique a ação física do adultério ou da fornicação para que o pecado aconteça. (Mateus 5:28) 
 
Perguntamos: E como ficam os homens, dentro das igrejas, com tantas ausências, aderências e transparências acontecendo? Quem estaria realmente provocando a existência do pecado: quem estaria olhando ou quem estaria provocando esses olhares? Pensando-se bem, fica complicado entender-se tudo isso. Veja na foto abaixo, uma moça “orando” no templo, enquanto um rapaz [também “orando”] tenta orar, no banco de trás. Não precisamos dizer mais nada.
 
 
 
 
1.5  CELIBATO
 
 
 
 
 
Se estamos falando em prática sexual, nos seus desvios, também devemos nos reportar ao outro lado, ou seja, à ausência proposital e consciente de sexo. 
 
Restringindo-nos apenas à nossa realidade ocidental, podemos dizer que a prática mais comum de celibato é patrocinada pela Igreja Católica Apostólica Romana, que não permite casamento às pessoas separadas para cargos eclesiásticos, para vocações religiosas (padres, freiras e todo o clero). 
 
Restringindo-nos às Escrituras Sagradas, mostramos a seguir alguns fatos que se relacionam à prática do celibato, sendo que os próprios relatos falam por si, mostrando o valor de tal atitude, e a sua abrangência.
 
Um primeiro caso a ser mencionado é o do profeta Jeremias (Jr 16:2), cuja vocação pessoal era a de permanecer solteiro, situação que lhe permitiria melhor desempenhar seu ministério. Repetimos que tal decisão era fruto de uma opção pessoal, ministerial.
 
Quanto ao Novo Testamento, o apóstolo Paulo incentivava essa vocação para situações específicas como a dele, pois era um missionário itinerante, sem renda fixa, que não conseguiria manter uma família normal (Primeira Coríntios 7:7-9). Essa também foi uma decisão isolada e totalmente pessoal. 
 
Em Mateus 19:10-12 o próprio Jesus responde a perguntas de Seus discípulos a esse respeito, dizendo que certas pessoas viviam assim por decisão própria, enquanto que outras foram incentivadas por homens. E completou: “Quem puder aceitar isto, aceite-o.” (Mateus 19:10-12) Seria o mesmo que dizer: “ Cada um sabe de si.”
 
Entretanto, se lermos outras citações sobre o assunto, a vida em família é considerada por Deus uma vocação normal para as pessoas. As pessoas que desejarem aumentar e confirmar essa certeza, podem pesquisar também e principalmente os textos João 2:1-11, Efésios 5:22 e 6:4 e 1Timóteo 3:2, 4:3 e 5:14 e o restante da Bíblia Sagrada, se quiserem.
 
 
 
1.6 O SEXO INCENTIVADO POR DEUS
 
 
 
Assim, conforme lemos em alguns trechos bíblicos acima, Deus sempre incentivou que praticássemos o sexo de maneira natural, homem com mulher, sendo que qualquer outro tipo de contato seria considerado depravação.
 
Os dias atuais estão a exigir, cada vez mais abertamente, que se considere normal a união entre pessoas do mesmo sexo, resultando em assistirmos por aí homens andando de mãos dadas, mulheres trocando carinho em público, tudo isso desaguando na possibilidade de reconhecer-se tais uniões em casamentos oficiais, com festinhas, fotografias, marcha nupcial, doces, beijinhos, etc.  Atualmente, as pessoas já não se sentem muito agredidas quando veem “homens” de véu e grinalda e “mulheres” usando terno e gravata, em solenidades desse tipo.  
 
 
 
1.7 FORNICAÇÃO E ADULTÉRIO
 
 
 
1.7.1  Fornicação 
 
 
 
Conforme o Dicionário Aurélio, FORNICAÇÃO é o nome que se dá ao “pecado da carne”, ou seja, à prática descontrolada do sexo, fora dos padrões convencionais já comentados. O Novo Dicionário da Bíblia, porém, diz o seguinte: “É a prática sexual exercitada por pessoas não-casadas com qualquer outro tipo de pessoas, prática também não reconhecida pela sociedade.”
 
Se antigamente o futuro das moças virgens era “negociado” entre as famílias para casamentos previamente programados, hoje em dia são as garotas mesmas quem decidem com quem vão “se deitar” quando frequentarem a próxima noitada dançante, tudo isso sem qualquer vislumbre futuro de casamento ou união estável. É para pura diversão! Segundo as Sagradas Escrituras, é pura fornicação.
 
Um famoso escritor chamado Gordon Hinckley escreveu o seguinte sobre essa situação: “Se você namora uma moça sem a intenção de se casar com ela, está fornicando com a mulher que Deus projetou para outro homem.”  
 
 
 
1.7.2  Adultério
 
 
O adultério pode ser definido como o aparecimento de uma terceira pessoa no relacionamento de um casamento reconhecido pela sociedade e pela Igreja, funcionando como uma violação àquilo que houvera sido decidido anteriormente por quase todas as civilizações de quase toda a história.
 
Se quisermos nos ater aos preceitos evangélicos, com aprofundamentos judaicos, podemos citar o Novo Dicionário da Bíblia, que classifica o adultério como a “prática sexual entre um homem e uma mulher, traindo a pessoa com quem está ligado por um casamento aprovado pela sociedade.” 
 
O escritor brasileiro Carlos Drummond de Andrade amarra, ironicamente, as duas ideias acima, quando diz que “no adultério há, pelo menos, três pessoas que se enganam.” 
 
 
Um escritor desconhecido, estudioso das Sagradas Escrituras, disse que Jesus costumava dar uma definição mais ampla, ao empregar a palavra “adultério”, designando não só toda ação má, mas todo e qualquer pensamento mau.
 
Voltaire, famoso poeta libertino francês, define da seguinte maneira o adultério:
 
 
Em Latim quer dizer alteração, adulteração, colocar uma coisa em lugar de outra. Crime de falsidade, uso de chaves falsas, contrato falso. Daí o nome Adultério dado a quem profana o leito conjugal como chave falsa introduzida em fechadura alheia.
 
 
Se nos estendemos nas pesquisas, acharemos deliberações sobre o adultério no Direito Romano, que possuía suas próprias ideias sobre como regular o casamento estabelecido dentro das suas normas, inclusive determinando como a parte prejudicada poderia ser compensada, apresentando formas de punição à parte infratora. Se invocarmos as leis brasileiras atuais, seria uma espécie de “indenização por perdas e danos”.
 
No Direito Medieval, o adultério só seria reconhecido quando a parte infratora fosse surpreendida cometendo o ato de traição na cama, estando o casal sem roupas. 
 
Até bem pouco tempo (1982), ainda estava em vigor, em Portugal uma lei que permitia ao cônjuge traído matar a esposa adúltera e até o seu companheiro de traição, recebendo uma pena muitíssimo branda por essa decisão pessoal. Sem querer brincar aqui, seria como se chama hoje de “legítima defesa”.
 
Na atualidade, em algumas parte do mundo, essa violação do casamento ainda é punível até com pena de morte para o casal adúltero, principalmente em países orientais. Nos países ocidentais a lei é muito mais branda, impondo sanções punitivas apenas na área financeira e/ou patrimonial. Se é que ainda existem tais sanções!
 
Se nos reportarmos às leis mosaicas do Antigo Testamento, veremos que o casal surpreendido era condenado à morte, mas se fosse surpreendida só a mulher, então a pena seria “reduzida” a um apedrejamento público. (Levíticos 20:10) Vale registrar que no meio judeu, o adultério era considerado crime tanto para a mulher noiva, como para a casada.
 
 
 
1.7.2.1  Castigos para o adultério 
 
 
 
Para começar, quando se fala em ADULTÉRIO, nos estudos que se vê por aí, e nos próprios textos bíblicos, a coisa parece se restringir apenas às mulheres, fazendo parecer que os homens são “santas vítimas”, sendo seduzidos pelas mulheres adúlteras. Até que se provasse o contrário, eles não estariam cometendo mal algum.  Puras vítimas.
 
O Evangelho de João (8:1-11) conta a história da mulher adúltera que iria ser apedrejada por ter sido apanhada em flagrante adultério. Sabiamente, Jesus pediu aos homens presentes, os carrascos munidos de pedras, que aqueles que não tivessem nenhum pecado, poderiam começar a atirar suas pedras. Todos conhecem como a história acabou.
 
Abaixo mostramos imagens de algumas punições violentas que existiram ou que ainda existem pelo mundo afora, chegando até à morte dessas mulheres adúlteras.
 
 
a) TURQUIA – Mulher é colocada num saco fechado, na companhia de um gato assustado. Depois, o saco era espancado com correntes até que acontecesse a morte dos dois.
 
b) CORÉIA – A mulher é forçada a ingerir grande quantidade de vinagre, que incharia o seu corpo. Depois era surrada com essas varas longas e duras, até à morte.
 
c) PAQUISTÃO -  A mulher adúltera é condenada na forca, em praça pública. Essa punição permanece até os dias atuais.
 
d) TAILÂNDIA – A mulher denunciada era colocada num aparelho que a fazia parecer um elefante. Um elefante era induzido até ela para praticar um “ato de procriação”. Logicamente, não se tem notícia de nenhuma mulher que tenha conseguido resistir a essa punição.
 
e) BIRMÂNIA – Antevendo um possível ato de adultério na idade adulta, as mocinhas sofriam a colocação de argolas em seu pescoço, como se vê abaixo, o que vai esticando essa parte do seu corpo, à medida em que as argolas vão sendo colocadas. Caso a mulher realmente viesse a praticar o adultério, depois de casada, seu marido ficava autorizado a retirar mais tarde tais argolas do pescoço da esposa, pois o corpo dela passaráia a sofrer uma espécie de deficiência, que a levaria à morte.
 
 
f) AFEGANISTÃO – Nesse país existe uma “Polícia Moral”, que se ocupa em surrar a mulher infiel em praça pública, a qual depois é mandada para a prisão. O espancamento consta de 100 golpes de vara.
 
 
 
 
Chamamos a atenção dos leitores que os seis casos acima só possuem castigos para as mulheres. Seus “companheiros” de pecado eram liberados.
 
 
 
1.7.2.2 Visão Católica
 
 
 
Embora os críticos de plantão acusem a Igreja Católica Romana de permitir “tudo”, a coisa não é bem assim, pois no tratamento do divórcio a posição do catolicismo é mais abrangente do que a posição protestante. Os excessos, talvez, são resultado de uma interpretação equivocada das Sagradas Escrituras, como as que analisamos anteriormente.
 
Segundo o catolicismo, as pessoas que resolverem começar um segundo casamento, mesmo sendo referendado pelas leis civis, essas pessoas estarão cometendo adultério. Já tivemos contato com uma situação em que um homem foi vítima de adultério, tendo sua mulher ido embora com outro. Esse mesmo homem tentou um segundo casamento, mas foi proibido, juntamente com a nova esposa, de participar da comunhão. Segundo as pessoas envolvidas, a ordem foi dada pelo próprio Bispo Diocesano.
 
Em outubro de 2015, o Papa Francisco divulgou a decisão de um sínodo que INTEGRA ao convívio da Igreja os divorciados que voltarem a se casar, mas desde que seja analisado caso a caso. 
 
Porém, não nos alongaremos quanto às deliberações do Vaticano, mas garantimos que são deliberações de homens, sempre com o propósito de “ajeitar” as coisas, e nunca de acordo com as decisões divinas, que já estão registradas na Bíblia, e que estamos comentando desde o princípio deste estudo.
 
Nessas horas, gostamos muito de citar as últimas recomendações de Jesus ao Seu Povo, alertando para os riscos que correm aqueles que SUPRIMEM ou ACRESCENTAM alguma coisa ao texto das Sagradas Escrituras. Lembramos que essa admoestação consta na última parte escrita da Bíblia, no capítulo 22 do livro de Apocalipse, aquele que encerra as Sagradas Escrituras.  
 
 
Eu advirto a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro. E se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro. (Apocalipse 22: 18,19)
 
 
Perguntamos: Quando os cardeais do Vaticano, sob a batuta de algum papa, ou os teólogos evangélicos mudam as deliberações de Deus, na Bíblia, não serão eles as pessoas que Jesus está admoestando nesses últimos versículos da Bíblia?  Que os leitores façam uma reflexão!
 
 
 
2.  O CASAMENTO E A HISTÓRIA
 
 
 
Casamento é o estado no qual um homem e uma mulher podem viver juntos em relação sexual, contando com a aprovação do grupo social a que pertençam. 
 
 
 
2.1  FORMAS DE CASAMENTO
 
 
 
Como pretendemos enfocar o lado cristão do casamento, sua duração, legitimidade, etc., estaremos nos baseando nos registros históricos do Antigo Testamento, mostrando como os casamentos foram acontecendo, a partir do povo hebreu, as festividades, etc. Dessa forma, trataremos superficialmente dos temas Monogamia, Poligamia, etc., os tipos de casamentos relatados nas Antigas Escrituras, e certas influências assimiladas pelo Povo de Deus com seus povos vizinhos, a quem iam se misturando, apesar de conhecerem a vontade de Deus.
 
 
 
2.1.1 Monogamia
 
 
 
Alguns registros bíblicos mostram existir a monogamia como uma relação única de casamento, como deparamos em Adão e Eva (Gênesis 2:18-24), relação essa sugerida por Deus ao Seu Povo no capítulo 3 de Jeremias, no capítulo 16 de Ezequiel e nos capítulos 1 a 3 de Oséias, e assim por diante. 
 
 
 
 
2.1.2  Poligamia 
 
 
 
Poligamia é um modelo de casamento onde o homem pode ter várias mulheres, prática comum entre os povos do Antigo Testamento, e copiada erradamente por parte do povo hebreu. Aparentemente, era mais praticada pelas pessoas ricas, não sendo flagrante o seu uso entre o povo em geral. O escritor Josefo (Antiguidades xvii. 1.3) registrou que o rei Herodes, o Grande, chegou a ter nove esposas, em determinada época. 
 
Vale confirmar aqui, que no Antigo Testamento a poligamia não era considerada como um ato  sexual imoral, sendo um estado de matrimônio reconhecido pela sociedade, prática que acontece até hoje entre alguns povos do Oriente.  
 
 
 
 
 
2.1.1.1  Várias esposas
 
 
 
Foi a partir de Lameque (Gênesis 4:19) que começou a ser exercida a poligamia. A ideia que a Bíblia passa é que Deus deixou o homem fazer as coisas erradas para que descobrisse sozinho, por experiência própria, que a monogamia seria a única relação apropriada.
 
Todo o Antigo Testamento registra que a poligamia levava o homem ao pecado, à tribulação, podendo aqui ser citado os casos de Abraão (Gênesis 21), Jacó (Gênesis 30), Gideão (Juízes 8:29 e 9:57), Davi (2 Samuel 11,13), Salomão (1 Reis 11:1-8) e Elcana (1 Samuel 1:6).
 
 
 
 
2.1.1.2  Sexo com escravas
 
 
 
Na época de Abraão, era permitido que o homem tivesse filhos com escravas de suas esposas, principalmente quando as esposas eram estéreis, como aconteceu com Abraão e Sara (Gênesis 16), Jacó e Raquel (Gênesis 30:1-8,9). Nesses casos, os direitos das esposas eram salvaguardados, sendo a criada considerada um mero instrumento de procriação.  Porém, se a relação com a criada passasse a ser duradoura, ela então adquiria a posição, ou o título de “concubina”.  Hoje, seria tratado como o debatido caso de “barriga de aluguel”, quando o sêmen do marido é colocado na mulher contratada, laboratorialmente. No tempo de Abraão, como não havia ainda os laboratórios, o sêmen do marido era “colocado” na escrava pela única forma que eles conheciam. Veja a foto abaixo [risos], onde o desenhista teve o cuidado de colocar Sara ao lado da cama, para “testemunhar” o que fora combinado.
 
Normalmente era asseverado ao senhor da casa direitos sexuais sobre todas as suas escravas. Tempos depois isso passou a ser considerado uma promiscuidade.
 
  Sara coloca Hagar nos braços de Abraão
 
 
 
2.2  A ESCOLHA DO CÔNJUGE
 
 
 
Se começarmos a pesquisar como aconteciam os casamentos no Antigo Testamento, veremos que as esposas dos hebreus deveriam ser escolhidas entre as mulheres hebreias (Provérbios 1:16 e Neemias 13:23-28), entre as escravas (Êxodo 21:7-11 e Deuteronômio 15:12), ou ainda entre as prisioneiras de guerra (Deuteronômio 20:14-18).
 
Como personagens proeminentes da época, podem ser citados os reis Davi e Salomão que, imitando os monarcas orientais, tomaram esposas e concubinas para si. (2 Samuel 5:13 - 1 Reis 11:3 -  Cânticos dos Cânticos 6:8,9)
 
Quanto aos filhos resultantes da união com escravas, eles poderiam herdar riquezas e poder, como podemos constatar com Abimeleque, filho de Gideão com uma concubina (Juízes 8:31 – 9:57)
 
 
 
2.2.1  Cerimonial 
 
 
 
Duas festas compunham os costumes matrimoniais hebreus: o noivado e o casamento propriamente dito.
 
 
2.2.1.1  Noivado  
 
 
O noivado era considerado um compromisso quase tão definitivo quanto o próprio casamento, período em que era exigida a fidelidade da noiva (Gênesis 29:21 – Deuteronômio 22:23,24 – Mateus 1:18,20). Para se ter ideia, os dois até já eram chamados de esposo e esposa, nesse período. (Joel 1:8 – Mateus 1:19)
 
Apesar de não registrado na Bíblia, o “Código de Hamurabi” legislava que quando o noivo rompesse o noivado, o pai da noiva poderia se apropriar do dote dado a ela, colocado antecipadamente à disposição pelo noivo. Caso o rompimento de compromisso partisse do pai da noiva, isso o obrigaria a pagar o dobro da quantia recebida como dote, pelo noivo. 
 
Vejamos, agora, quais eram os passos do noivado.
 
 
a) Escolha do cônjuge: Normalmente eram os pais de um rapaz quem escolhiam a esposa para ele, providenciando as solenidades (Gênesis 21:21 e 38:6), o mesmo acontecendo com os pais da noiva (Rute 3:1,2 e 1 Samuel 18:21).  Em alguns casos, era o rapaz quem fazia a escolha, mas seus pais é que faziam as “negociações”. (Gênesis 34:4,8 e Juízes 14:2). Era raro um rapaz casar-se contra a vontade dos pais, como no caso de Esaú (Gênesis 26:34,35). Por outro lado, poucas vezes a moça era consultada se aceitava ou não o casamento pretendido por eles. (Gênesis 24:58)
 
b) Troca de presentes: Havia três tipos de presentes associados com o noivado bíblico: o möhar (Gênesis 34:12 e Êxodo 22:17), quando o noivo dava um presente de compensação à família da noiva; o dote, um presente dado pelo pai da noiva à sua filha ou futuro marido, normalmente composto de servos (Gênesis 24:59,61 e 29:4) ou terras (Juízes 1:15 – 1 Reis 9:16) ou outra propriedade qualquer. O presente do noivo à noiva, normalmente consistia de jóias e roupas finas. (Gênesis 24:53)
 
 
 
2.2.1.2  Casamento
 
 

Uma característica importante de muitas cerimônias de casamento era o reconhecimento público da relação conjugal. Vamos enumerar os passos solenes dessas cerimônias, embora nem todos eles precisassem ser seguidos.
 
a) As personagens: A noiva geralmente usava roupas bordadas (Salmos 41:13,14), joias (Isaías 61:10), adornos (Jeremias 2:32) e um véu (Gênesis 24:65), enquanto que o noivo usava roupa de linho branco fino (Apocalipse 19:8 e 21:2) e um turbante (Isaías 61:10).  Também faziam parte da cerimônia as “Damas-de-honra” (amigas virgens da noiva) e os “companheiros”, os amigos solteiros do noivo (Salmos 45:14 e Juízes 14:11). Um dos companheiros do noivo recebia uma honraria, que hoje poderia ser chamada de “padrinho”, passando então a ser chamado de “Companheiro de Honra” (Juízes 14:20 e Mateus 9:15) ou “Amigo do noivo” (João 3:29). Esse amigo/companheiro do noivo, segundo historiadores, é identificado como a mesma pessoa que desempenhava a função de “Mestre-Sala” (João 2:8,9), como se vê nas bodas de Caná. 
 
Bodas de Caná
 
 
 
b) O cerimonial: Na tardinha do dia fixado para o casamento, o noivo e seus “companheiros” seguiam em procissão até a casa da noiva, para conduzi-la, juntamente com suas damas de honra, para a casa do noivo, onde aconteceria o banquete (Salmos 45:14 – Mateus 22:1-13 – João 2:9). Essa procissão normalmente era acompanhada por cânticos, músicas em geral, danças, e iluminadas por lâmpadas, caso já estivesse escuro (Mateus 25:7). Vale dizer que em algumas situações especiais o banquete poderia acontecer na casa da noiva. (Gênesis 29:22)
 
 
  
Uma parte importante do cerimonial é quando o noivo cobre a noiva com o seu manto, simbolizando que a partir dali ela passaria a contar com a proteção dele. (Rute 3:9 – Ezequiel 16:8). Outro elemento religioso era o pacto de fidelidade (Ezequiel 16:8). Depois, os pais e os amigos davam a bênção ao casal, desejando-lhe felicidades. (Gênesis 22:60 – Rute 4:11), quando o pai da noiva apresentava um contrato escrito de casamento, chamado de “Kethübhâh”.
 
 
c) O banquete: Grande número de pessoas (amigos e parentes) normalmente se fazia presente ao banquete, fato que muitas vezes ocasionava falta de vinho (João 2:3-10). Rejeitar o convite para uma festa de casamento era considerado um insulto (Mateus 22:7) e todos os convidados deviam usar roupas festivas (Mateus 22:11,12).
 
Normalmente, as comemorações por um casamento costumavam durar 7 dias (Gênesis 29:27), podendo chegar até a 15 dias. Durante esse longo período, havia muita música (Salmos 45 - Salmos 78:63), e brincadeiras. (Juízes 14:12-18)
 
 
 
d) Lua-de-mel: Segundo o livro de Tobias 7:16, era preparado antecipadamente um aposento, chamado de Câmara Nupcial, que em hebraico era “Huppâ” (Salmos 19:5 – Joel 2:16), normalmente um pavilhão ou tenda. O casal era escoltado até esse aposento pelos pais (Gênesis 23:23) ou por um grupo de convidados. Antes de consumarem o ato que uniria seus corpos, era comum os noivos proferirem uma oração. Vale ressaltar que o livro de Tobias não é considerado inspirado, mas considerado apenas um livro histórico, tanto que não faz parte do cânon bíblico.
 
 
Após a consumação, o noivo retornava aos convidados, exibindo uma roupa ou tecido manchado com o sangue da noiva, como prova da quebra da sua virgindade. (Deuteronômio 22:13-21) Tal costume ainda continua em uso em alguns povos do atual Oriente Médio. 
 
 
 
 
2.2.2 Casamentos Proibidos
 
 
 
O mais sério empecilho para um casamento, no Antigo Testamento, era o grau de parentesco porventura existente entre os pretendentes. O capítulo 18 de Levíticos registra com detalhes esses parâmetros, sendo que se encontra alguma coisa também em Deuteronômio 27:20-23 e Levíticos 20:17-21.
 
Como exemplo, pode-se citar o caso de um segundo casamento em virtude do falecimento da esposa. O marido só poderia se casar com uma cunhada, ou seja, uma irmã da esposa que morrera. Por outro lado, mesmo através de divórcio, era proibido um casamento com cunhada se a esposa ainda fosse viva. Registre-se que Abraão (Gênesis 20:12) e Jacó (Gênesis 29:30,31) casaram com mulheres da sua parentela, porém essa possibilidade só foi proibida mais tarde.
 
O escândalo da Igreja de Corinto (1 Coríntios 5:1) deixa a entender que houve um casamento de um homem com sua madrasta, após o falecimento de seu pai, ato considerado como “fornicação”. Diante disso, imagina-se que a essa mulher fosse bem mais jovem do que o pai dele que morrera.
 
Um outro caso a ser considerado é a “Lei do Levirato”, quando um homem morria sem deixar filhos. Nesses casos, esperava-se que seu irmão solteiro se casasse com a cunhada viúva, mas os futuros filhos dessa segunda relação seriam considerados filhos do marido já morto (Gênesis 38:8-10). Deuteronômio 25:5-10, porém, garante que essa lei permite ao irmão solteiro recusar tal casamento. Entre outras variações, vemos o caso de Rute, quando o parente recusou tal união, proporcionando a Boaz assumir o papel de segundo marido, ou remidor.
 
 
 
3. AS DÚVIDAS SOBRE O DIVÓRCIO
 
 
 
Passamos, então, a tratar desse assunto polêmico para as Igrejas da atualidade. Pessoas que não suportam mais manter seu casamento, separam-se e logo se dão ao direito de passar a viver com outra pessoa, construindo um novo matrimônio, “montando” uma nova casa, criando uma nova família. As pessoas que tomam essas resoluções, normalmente colocam verdadeiras “batatas-quentes” nas mãos dos dirigentes das Igrejas, sendo que muitos deles não sabem que decisão tomar: aceitar ou não os novos fatos.
 
Quando certos dirigentes começam a discutir esses fatos, enredam-se num emaranhado de leis do Antigo Testamento, e numa série de recomendações neotestamentárias. É normal que os interessados em constituir o novo casamento compareçam diante desses dirigentes acompanhados de citações bíblicas que acreditam piamente estar dando legitimidade à sua decisão. Muitas vezes, os fatos estão realmente apoiados nas Escrituras, mas na maioria dos casos os interessados buscam “furos”, ou seja, textos isolados que venham de encontro aos seus interesses.
 
Faremos, a partir de agora, um registro bastante grande das citações bíblicas sobre o assunto DIVÓRCIO, tanto no Antigo como no Novo Testamento, fornecendo dados para uma tomada de posição por parte dos leitores. 
 
 
 
3.1 O DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO
 
 
 
Em Mateus 19:8 Jesus Cristo declara que Moisés permitiu o divórcio por causa da dureza dos corações das pessoas. Isso, portanto, quer dizer que Moisés não ordenou o divórcio como mandamento, mas tão somente homologou uma prática já existente, naquela época, naquela região. A forma da lei (Deuteronômio 24:1-4) pode ser melhor compreendida nesse sentido, pois a conjunção condicional “se” é repetida até o final do versículo 3, de maneira que é somente o quarto versículo contém o próprio regulamento, mostrando que o divórcio era praticado, e que algum tipo de contrato era dado à esposa rejeitada, sendo que ela ficava livre para casar-se novamente com quem quisesse.
 
 
“Se um homem tomar uma mulher, casar-se com ela, e esta depois deixar de lhe agradar por ter ele achado nela qualquer coisa indecente, escrever-lhe-á uma carta de divórcio, e lha dará na mão, e a despedirá da sua casa. Se, uma vez saída da casa dele, for, e se casar com outro homem, e este também a aborrecer e, escrevendo-lhe uma carta de divórcio, lha der na mão, e a despedir da sua casa; ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, (Deuteronômio 14:1-3) então o seu primeiro marido, que a despedira, não poderá tomá-la para que seja sua mulher, porque ficou contaminada. Isto é abominação aos olhos do Senhor. Não farás pecar a terra que o Senhor te dará por herança.”  (Deuteronômio 24:4)
 
 
 
Acreditamos que esse contrato não era muito específico em seus itens, pois bastava ao marido descobrir alguma “coisa indecente” para poder proceder ao divórcio, frase que nos originais hebraicos não falam em problemas relacionados a nudez e nem a sexo. 
 
Mais tarde, na época de Cristo, uma corrente de pensadores classificou essa frase simplesmente com o sentido de “infidelidade”, enquanto que outra corrente a entendeu como qualquer motivo que desagradasse ao marido. Voltamos a dizer que Moisés, naquele momento, não estabeleceu o divórcio, mas tão somente aceitou-o como um fato já existente, cuja legitimidade estava a ser exigida pelo povo.
 
Havia apenas duas situações em que o marido não poderia utilizar-se do divórcio:
 
 
a) Quando acusava falsamente sua mulher de infidelidade antes
    do ato nupcial (Deuteronômio 22:13-19); 
 
b) Quando o homem tivesse relações sexuais com uma virgem,
  sendo obrigado a casar, por exigência do pai dela. (Deuteronômio
  22:28,29 – Êxodo 22:16,17).
 
 
Por outro lado, havia dois motivos que exigiam o divórcio, ou sejqa, a separação de um casal:   
 
 
a) Quando um exilado vivesse com uma mulher pagã (Esdras 9-10
    – Neemias 13:23); 
 
b) Quando um homem casava-se com uma mulher pagã depois de
    rejeitar sua esposa judia.
 
 
 
3.2  O DIVÓRCIO NO NOVO TESTAMENTO
 
 
 
Até agora vimos no Antigo Testamento que o divórcio era motivado até por certos motivos banais, em cima de regras estabelecidas por homens, que nem sempre coincidiam com o pensamento original de Deus a respeito dessas coisas. (Mateus 19:4-7) Segundo vimos em algumas citações das Antigas Escrituras, a dissolução do casamento nunca foi o propósito original de Deus, mas uma lei estabelecida para atender às exigências das pessoas de coração duro. 
 
Refletindo sobre os ensinos de Jesus Cristo sobre o divórcio, (Mateus 5:32 – Mateus 19:3-12 – Marcos 10:2-12 – Lucas 16:18) percebemos que em momento algum Ele vê com bons olhos a separação de um casal, ao mesmo tempo em que também não vê com bons olhos a continuação de um casamento onde não exista mais o respeito, o amor, o companheirismo, que foram, no início, as colunas de sustentação dessa união. 
 
Por outro lado, vemos que Jesus chama de adultério aos relacionamentos sexuais fora do casamento, condenando a existência de um novo casamento não fundamentado nas Suas palavras por todo o Evangelho. Entre citações a esse respeito, mencionamos o seguinte texto:
 
 
“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério, e o que casar com a repudiada também comete adultério.”   (Mateus 19:9)

“Pela dureza do vosso coração vos deixou ele [Moisés] escrito esse mandamento, porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á à sua mulher. E serão os dois uma só carne e, assim, já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.” (Marcos 10:5-9)
 
 
É bom salientar, então, que Jesus, em momento algum declara que o homem “não pode separar aquilo que Deus ajuntou”. Também fica claro nas passagens de Mateus que o adultério é o único motivo justo para um homem rejeitar sua esposa, única situação que abriria espaço para um novo casamento.
 
Como os quatro escritores do Evangelho nunca duvidaram de que o adultério constituía motivo para o divórcio, talvez por esse motivo não mencionaram tal cláusula nos textos desses livros.  Paulo (Romanos 7:1-3) também deixa claro essa cláusula, quando se refere especificamente à possibilidade de morte como a única para o direito de um novo casamento. Ele nem fala em adultério, talvez considerando-a uma questão fora de dúvida, preocupando-se apenas em ensinar outras coisas.
 
Alguns estudiosos são de opinião de que as palavras de Cristo permitem a separação, mas não um novo casamento, opinião que não combina exatamente com o que a Bíblia fala a respeito do novo casamento, que é lícito quando acontece adultério ou morte. 
 
 
“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério, e o que casar com a repudiada também comete adultério.” (Mateus 19:9)
 
 
Quanto ao texto de Marcos 10:12, é preciso que se diga que não era permitido a uma mulher judia divorciar-se de seu marido: “E se uma mulher repudiar ao seu marido e casar com outro, adultera.” 
 
Refletindo sobre as afirmações de Primeira Coríntios 7:10-16, grande número de grupos protestantes e católico-romanos o consideram como motivo justo para o divórcio. Vamos ler este texto:
 

“Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido. E que o marido não deixe a mulher.
Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Pois o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher é santificada pelo marido crente. Doutra sorte os vossos filhos seriam impuros, mas agora são santos. 
Mas se o descrente se apartar, aparte-se. Neste caso o irmão, ou a irmã, não está sujeito à servidão; Deus os chamou para a paz. Como sabes, ó mulher, se salvarás o teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?” (1 Coríntios 7:10-16)
 
 
Repetindo os ensinos de Jesus, Paulo, como mestre, sob a orientação do Espírito Santo, está doutrinando a Igreja, mostrando outros aspectos do divórcio diante de um novo casamento.
 
Pelo que se entende, essa orientação trata de casais em que só um deles se converte, mostrando como o convertido deve agir com relação ao outro. A situação ali delineada é a seguinte: num casamento entre homem e mulher pagãos, se um deles se converte a Cristo, não é obrigado a abandonar ao outro cônjuge. Porém, caso o incrédulo insista em separar-se, o crente “não fica sujeito à servidão”, ou seja, passa a ter liberdade de casar-se novamente. Mas é bom ficar bem claro que caso o incrédulo tenha pretensão de continuar casado, o crente não pode separar-se dele, pois o incrédulo é santificado pelo parceiro crente, santificação essa estendida aos filhos do casal. Porém, diante de uma separação iminente, o crente não tem respaldo bíblico para iniciar outro casamento.
 
Como estamos estudando o assunto “divórcio”, é bom notar que Paulo não está sugerindo que o crente deva divorciar-se ou se case de novo, caso o descrente pretenda a separação. Em primeiro lugar, Paulo sugere a permanência sem outro casamento, de modo a manter a esperança de uma reconciliação. Afinal, conforme Primeira Coríntios 7:2 e Romanos 7:1,2 o ideal para Deus é que a união de um homem com uma mulher seja até à morte. Essa orientação está em perfeita harmonia com os ensinos de Jesus em Mateus 19:7-9.  
 
 
 
3.3  SITUAÇÃO DOS DIAS ATUAIS
 
 
 
Na situação moderna de grande desordem e complicação de casamentos, divórcios e novos casamentos, às vezes repetidamente com uma mesma pessoa, a Igreja Cristã se vê, muitas vezes, obrigada a tratar com convertidos e membros arrependidos, e aceitar a situação tal qual ela é. Um convertido que previamente se divorciara, sobre bases suficientes ou não, e que tornou a casar-se, não pode tornar ao cônjuge original, e seu atual casamento não pode ser reputado como adultério. (Primeira Coríntios 6:9,11) 
 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
 
 
Como dizia o poeta, “E agora, José?”  Procurando ser o mais racionais possível, somos obrigados a entender que os ensinos da área sexual do Antigo Testamento foram endereçados ao povo hebreu, um povo difícil de se lidar, um povo de coração duro que precisou ser tratado com muita paciência pelos seus líderes, em vários momentos da sua história.
 
Falando-se em divórcio, por exemplo, os hebreus ocuparam terras cercadas por muitos povos pagãos, que adotavam o divórcio, a poligamia, etc., e começaram a tomar gosto por certos costumes, exigir certas regalias. Guiado por Deus, Moisés tentou driblar tais rebeldias no meio do povo, definindo, por sua conta, alguns pontos a serem seguidos. Mas repetimos que essas leis foram feitas exclusivamente para o Povo de Deus daquela época (os hebreus), diante da exigência e falta de entendimento vividas por esse mesmo povo. 
 
Já registramos, durante este trabalho, vários textos onde fica patente a permissão de Deus em dar liberdade aos Seus Filhos, mas também é bom que se registre que tais permissões geralmente redundavam em resultados catastróficos, como nos casos de Abraão, Jacó, Davi, Salomão, etc. As coisas nunca acabavam bem, quando a vontade de Deus era contestada.
 
Como evangélicos, precisamos manter nossa fé de que Jesus não veio a este mundo para mudar, ou para descumprir as leis antigas do Seu Povo (hebreus), mas para explicá-las melhor, discerni-las, interpretá-las. 
 
A fé evangélica garante que o apóstolo Paulo foi escolhido pelo próprio Jesus para continuar a ensinar a Igreja a caminhar de acordo com as verdades eternas de Deus e também nos garante de que o Espírito Santo estava com ele. Assim, segundo várias menções que fizemos, os ensinos dados por ele devem ser considerados tão verdadeiros quanto aqueles proferidos por Moisés e pelo próprio Jesus, fato provado e comprovado por eminentes teólogos.
 
 
Ensinos bíblicos aprendidos aqui
 
 
Pensamos que este resumo dos ensinos do Novo Testamento podem nos levar a um entendimento praticamente completo sobre o tema a que nos propusemos pesquisar. É claro que não temos a pretensão de esgotar o assunto, nem determinar que novas nuances possam ser acrescentadas. 
 
O que vemos por aí, entretanto, é que a maioria das pessoas que pretendem “mudar” de cônjuges se propõem a buscar registros bíblicos como vãs tentativas a burlar as ordens de Deus. É o caso da busca dos “furos”, como já dissemos, que justifiquem erros de crentes mal orientados.
 
Vejamos, então, algumas verdades claras dos ensinos bíblicos, que aprendemos nessa pesquisa: 
 
 
1) O crente não poderá fazer uso do sexo antes do casamento, pois estaria violando a santidade proposta por Deus (1 Coríntios 6:19);
 
2) O crente não poderá praticar sexo fora do casamento, pois também estaria violando a santidade proposta por Deus (1 Coríntios 6:19);
 
3) Um crente é liberado para um novo casamento quando é vítima de adultério cometido pela outra parte;
 
4) Um crente é liberado para um novo casamento quando acontece a morte do cônjuge;
 
5) Caso uma pessoa, ao se converter, não seja acompanhado pelo seu cônjuge, e esse passe a criar-lhe problemas de relacionamento por falta de compatibilidade espiritual, dois desfechos podem acontecer: caso o cônjuge incrédulo pretenda manter o casamento, mesmo com problemas de compatibilidade, o cônjuge crente terá que manter esse casamento; caso o cônjuge incrédulo pretenda interromper o casamento, então o cônjuge crente fica liberado para constituir um novo casamento.
 
6) Caso os dois cônjuges se convertam, a Bíblia diz que “Deus não leva em conta o tempo da nossa ignorância”, desde que tenha havido arrependimento pelas decisões anteriores. (Atos 17:30). 
 
 
Sem que tenhamos a pretensão de criar um manual a ser seguido, procuraremos mostrar, a partir deste momento, algumas situações criadas e uma possível solução para cada caso, sempre à luz de todos os ensinos doutrinários estudados até este momento. 
 
 
a) Um dos cônjuges comete adultério
 
 
O casal pode se separar, sendo que a vítima está livre para contrair novo casamento. O adúltero perde a chance de se casar de novo, mas se o fizer, confirmará seu pecado de adultério, e seu novo cônjuge também estará caindo em adultério. Caso o cônjuge-vítima perdoe a outra parte, eles podem continuar vivendo juntos.
 
 
b) Um dos cônjuges morre
 
 
Sem dúvida alguma, neste caso o cônjuge viúvo ficará livre para contrair um novo casamento. Porém, caso o cônjuge viúvo passe a manter relações sexuais com terceiros, sem contrair novo casamento, então estará cometendo pecado de fornicação, da mesma forma como se fosse solteiro.
 
 
c) Crente casado com incrédulo
 
 
Se uma pessoa se converte e seu cônjuge não o acompanha na fé, o incrédulo e os filhos estarão abençoados por extensão. Porém, caso haja separação, duas situações devem ser analisadas: se o crente é abandonado pelo incrédulo, fica livre da “servidão”, como diz a Palavra, ou seja, estará livre para constituir outro casamento; mas se o incrédulo é o abandonado, e apresente vontade de continuar no casamento, os dois estarão impedidos de casar novamente.
 
 
d) Incompatibilidade de gênios
 
 
No caso dos cônjuges não conseguirem viver juntos, depois de muitas tentativas, pode acontecer uma separação, para que pecados maiores não sejam suscitados. O problema é que nenhum dos dois poderá casar de novo, pois não aconteceu a prática de adultério. Não-compreensão entre os cônjuges, incompatibilidade de gênios, etc. não constituem motivo para novo casamento.
 
 
e) Conversão após separação ( 1 )
 
 
Imagine-se uma situação em que um casal se converte, pretendendo batismo e posterior membramento à Igreja, mas um deles (ou os dois) seja remanescente de outro casamento. Como o problema aconteceu antes da conversão, é comum que a Igreja aceite essa nova união, desde que o casal regularize sua situação perante Deus e as leis civis. Assim, eles deverão proceder à separação oficial do(s) cônjuge(s) anterior(es), caso não o tenha feito ainda, para só depois casarem-se na Igreja, recebendo, então, a bênção de Deus. 
 
 
f) Conversão após separação ( 2 )
 
 
Um outro caso seria uma pessoa oriunda de um casamento desfeito (com ou sem adultério) venha a se converter. Como está sozinho(a), passa a sonhar com um novo casamento com uma pessoa da sua Igreja, ou seja, uma pessoa já convertida. A situação é diferente da anterior: se a pessoa que está se convertendo foi vítima de adultério, está livre para procurar esse novo casamento (item anterior), mas se a separação foi apenas por incompatibilidade de gênio (item D), não pretenda casar-se de novo, pois não terá amparo bíblico.
 
 
 
5.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
 
 
BÍBLIA SAGRADA, Trad. João Ferreira de Almeida. Edição Contemporânea. Deerfield/Flórida: Editora Vida, 1995. 1.304 p.
 
BÍBLIA SAGRADA, Trad. João Ferreira de Almeida. Edição revista e corrigida. Deerfield/Flórida: Editora Vida, 1984. 1.440 p.
 
HOLY BIBLE, king James Version. New York: American Bible Society, 1989.  1.017 p.
 
BÍBLIA SAGRADA, Trad. Missionários Capuchinhos. São Paulo: Stampley Publicações, 1972. 
 
DOUGLAS, J.D.  Trad. João Bentes. O novo dicionário da Bíblia. São Paulo: Edições Vida Nova, 1988. Vol. I, II,  
 
GEISLER, Norman; HOWE, Thomas. Manual Popular:  de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia. Trad. Milton Azevedo Andrade. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1999. 579 p.
 
 

AUTOR DA PESQUISA
 
Walmir Damiani Corrêa
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Por: Walmir Damiani Corrêa

Publicado em 25/07/2020

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