Carnaval & Quaresma

 

CARNAVAL & QUARESMA

 

 

 
Introdução
 
 
 
 
As festas e comemorações populares são expressas em danças, rituais, mitos, inclusive até em festas ruidosas. No contexto brasileiro, como resultado da herança colonial, as festividades são marcadas pela idolatria, espiritismo, superstições e pelo sincretismo religioso. Se tomarmos o calendário litúrgico brasileiro, poderemos formar uma ideia melhor disso.
 
Este trabalho visa entender-se mais sobre o Carnaval, suas origens, se ele possui vínculos religiosos, qual sua participação no calendário litúrgico, seu peso fora da cultura brasileira, e assim por diante.
 
 
 
 

 

CAPÍTULO I

 Origens do Carnaval

 
 
 
 
Embora muitos pensem que o Carnaval é uma festa típica da cultura brasileira, isso não é verdade. Desde a Antiguidade que existem comemorações e festejos exatamente nos moldes do carnaval que conhecemos. Na época, ele existia para festejar-se a fertilidade da terra, a produtividade e posterior colheita de produtos do solo.
 
 
Festa da Fertilidade (colheita)
 
 
 
 
1.1 Carnaval na Antiguidade
 
 
 
 
Existem registros históricos desse tipo de festa há dois mil anos antes de Cristo, na cultura egípcia. Essa festa era composta de danças e cantorias em volta de fogueiras. O interessante é que nessa época os foliões já usavam máscaras e toda sorte de disfarces, tudo com o propósito de simbolizar a inexistência de classes sociais, tentando-se festejar a igualdade entre as pessoas. Sexo e bebidas encarregavam-se de minimizar essas diferenças. Essas festas aconteciam em homenagem à deusa Ísis. 
 
Festa egípcia à deusa Ísis (Século I)
 
 
 
Essa tradição espalhou-se pela Grécia e Roma Antiga, com registros delas 700 anos antes de Cristo. A festividade continuava sendo uma válvula de escape para dissipar as diferenças sociais, pelo menos durante o tempo em que ela durava.
 
 
 
 
1.2  Saturnália
 
 
 
 
Essa festa chamada “Saturnália” ou “Saturnais” eram realizadas em homenagem ao deus Saturno, começando em novembro e terminando em dezembro. Tudo acontecia sob a proteção de Bacco, o deus do vinho. Eram dias de folia, comemorados com muita bebida, música, dança e libertinagens sexuais. 
 
Como já dissemos anteriormente, dessa festa participavam os integrantes da nobreza, os escravos, todos se misturando das brincadeiras, onde tudo se invertia. O rei da festa, por exemplo, era um escravo, personalizando o Rei Momo, que podia ordenar o que quisesse durante as festividades. Como era normal as pessoas representarem aquilo que não eram, na realidade, com o passar do tempo apareceu o costume de disfarçarem-se com máscaras utilizadas no teatro clássico grego.
 
 
Rei Momo carioca (anos 80)
 
 
Na Grécia Antiga, homenageava-se ao deus Baco. Na Roma Antiga, homenageava-se ao deus Pã, em festas que recebiam o nome de “Lupercais” e “Saturnais”, realizadas nos dias 15 de fevereiro e 17 de dezembro, respectivamente.
 
Só depois de chegar a Veneza é que a festa começou a se espalhar pelo mundo. Ali, além das fantasias e máscaras, passou-se a promover desfiles com carros enfeitados, dando uma amplidão maior aos festejos.
 
 
 
 
 
1.3  Carnaval em Paris
 
 
 
 
A expressão “Mardi Gras” é francesa e se refere à “Terça-feira Gorda”, nome que se dá no mundo inteiro para o último dia de Carnaval. Nesse dia, os foliões deverão comer os alimentos mais gordurosos, pois a partir do dia seguinte (Quarta-feira de Cinzas) começará o período de penitências, onde não haverão mais excessos de comida, bebida, nem diversões, etc.
 
Em alguns lugares, como Portugal, essa festa também é conhecida pelo nome aportuguesado de “Entrudo”. Em outros, o nome até é utilizado, mas para denominar todo o período de folias do carnaval, e não apenas só o último dia. 
 
Pelo fato da cidade norte-americana de New Orleans ter sido colonizada por franceses, é muito tradicional esse festejo lá, conforme imagem anexa. Na Alemanha. Recebe o nome de Karneval.
 
Na Itália o “Mardi Gras” é chamado de “Martedi Grasso” denominando os dias de folia, que se iniciam já na quinta-feira antes do início do Carnaval em outros lugares. Ela é chamada de “Quinta-feira Gorda”. Atualmente, é comum charmar à festa toda de “Carnevale”.
 
 
 
 
 
 1.4 Carnaval Cristão
 
 
 
 
Em 590 d.C. a Igreja já experimentava a indigesta mistura entre o paganismo e o cristianismo, mas não conseguia parar os festejos pecaminosos da Saturnália, tão ao gosto da população. Em 1545, após a descoberta do Brasil, a Igreja Católica Romana reconheceu o carnaval como uma manifestação popular de rua, através do Concílio de Trento. 
 
Em 1582 acontece a mudança do Calendário Juliano para o Calendário Gregoriano, promovida pelo Papa Gregório XIII. A partir daí, o carnaval começa a aparecer no calendário religioso, inclusive com data marcada. De modo a não se misturar com os festejos da Páscoa, cujos festejos são móveis, o carnaval também passou a ter um calendário móvel, tudo isso para não coincidir com os festejos da Páscoa dos judeus. 
 
Resumindo a decisão política tomada pelo papa: o povo poderia extravasar em brincadeiras pelas cidades, no seu “Carnvale”, que em latim significa “adeus a carne”, dando origem ao termo atual, que é Carnaval.
 
 
Gregório XIII, o Papa Carnavalesco
 
 
Quanto às origens em Portugal, conta-se sobre uma festa chamada “Entrudo Português” onde, no passado, as pessoas jogavam água, ovos e farinha umas nas outras.  O entrudo acontecia num período anterior à quaresma, dando um significado ligado à liberdade.  Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.
 
 
Entrudo Português
 
 
 
1.5 Fórmula para fixação das datas
 
 
 
 
 
Para que se consiga fixar a realização do carnaval no calendário de um ano, é necessário basear-se num fenômeno natural chamado “Equinócio de Inverno”, época do ano em que o Sol corta o equador, fazendo com que a noite e o dia tenham exatamente a mesma duração, fenômeno que ocorre duas vezes ao ano.
 
Esse fenômeno determina o fim do inverno e começo da primavera, entre os dias 21 e 22 de março, no Hemisfério Norte. Observando-se o aparecimento da Lua Nova, imediatamente antes desse fenômeno, toma-se o primeiro domingo após o 14º dia de lua nova, e nesse domingo será comemorada a Páscoa Cristã, que forçosamente só poderá acontecer entre os dias 22 de março e 25 de abril. 
 
E o carnaval?  Bem, só agora, depois do cálculo acima, pode-se determinar quando será o carnaval: será no sétimo domingo antes do domingo de Páscoa.
 
 
  

 

CAPÍTULO II

 Carnaval no Brasil

 
 
 
 
O Carnaval no Brasil começou em 1723 com a chegada de portugueses provenientes das ilhas da Madeira, Açores e de Cabo Verde.
 
Em 1855 começaram a surgir os primeiros grandes clubes carnavalescos cariocas, os precursores das atuais escolas de samba. 
 
A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro em 1928 com o nome “Deixa Falar”, sendo criada pelo famoso sambista carioca Ismael Silva. Anos mais tarde essa escola transformou-se na “Escola de Samba Estácio de Sá”.
 
A partir daí, o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, surgem os primeiros campeonatos para verificar qual agremiação seria campeã.
 
 

 

 

CAPÍTULO III

 Quaresma, a sobremesa do carnaval

 
 
 
 
 
Quaresma, na origem, quer dizer período de penitência, com uma duração de 40 dias, começando  na  Quarta-feira  de  Cinzas,  imediatamente após o carnaval, e encerrando com o domingo de Páscoa. 
 
Não havia rigores quanto à alimentação durante esse período, apenas que se evitasse excessos de brincadeiras, qualquer atitude que não combinasse com um período onde as pessoas pretendem se “arrepender” das besteiras que fizeram durante o carnaval. A palavra penitência logo traz à mente esse tipo de exigência comportamental.
 
Na Antiguidade, quando o batismo ainda era realizado nos padrões bíblicos (águas correntes,  candidatos com idade adulta) era comum que acontecesse no domingo de Páscoa. Esse período de quaresma servia de preparação, para esses batizandos se penitenciarem.
 
 
 
 
3.1  Duração da penitência da Quaresma
 
 
 
 
Essa comemoração ocupou o lugar de um período de jejum e pranto em homenagem a um deus chamado Tamuz. Coincidência ou não, durava 40 dias. Vocês sabem qual o motivo do choro por esse tal de Tamuz? É porque ele fora morto por um javali!
 
Da mesma forma, após os festejos carnavalescos, passou a acontecer esse período de choro e jejum, iniciando-se na Quarta-feira de Cinzas e durando 40 dias, até chegar a Páscoa.
 
Nos primeiros séculos, não havia qualquer exigência quanto à alimentação nesse período de penitência. Até mesmo os cristãos ascetas (os que mais se consagravam) comiam carne normalmente, durante a quaresma.
 
A princípio, o período de penitência era muito pequeno, constando de um jejum pré-pascal de 40 horas, que correspondia ao período em que Jesus passou entre Sua crucificação e ressurreição. Mas esse tempo foi aumentando até utilizar toda a semana que antecede o domingo da Páscoa, passando a ser chamada de “Semana Santa”.
 
Registros históricos mostram essas alterações, como os de João Cassiano (420 d.C.), quando duravam de seis a sete semanas. Já o historiador Sozomeno (440 d.C.) informa que as igrejas ocidentais observavam seis semanas. No século IX da nossa era, com a universalização das influências católico-romanas na Igreja, as proibições foram oficializadas em 40 dias de abstinência de carne, compreendidos da Quarta-feira de Cinzas até o domingo de Páscoa.
 
 
 
 
3.1.1  Penitência esquisita
 
 
 
 
Que ligação pode haver entre a morte de Jesus e a carne bovina? Comer carne de peixe, pode? Mas se peixe também tem sangue, qual é a diferença? E que jejum é esse que os católicos fazem, a base de bacalhoada, camarão à la grega, frutos do mar, vinho...?
 
Outra pergunta danada: Por que o Papa resolveu que não se precisa mais fazer o jejum de carne bovina? Será que, de repente, deixou de ser pecado?  E os séculos de penitência, jejum, sem carne bovina, como é que ficam? Não significaram nada?
 
Isso é a maior prova de que tais práticas não redimem nada e nem santificam ninguém. (Mateus 7:18-23 e 1 Timóteo 4:4,5).  Hoje é; amanhã deixa de ser. Que verdades são essas, que mudam mais do que um camaleão?
 
Na época em que éramos crianças (anos 50), era proibido jogar futebol na Sexta-feira Santa, pois cada chute dado na bola, seria o mesmo que chutar a cabeça de Jesus!   Cavar buraco na terra? Nem pensar! Cada “pazada” na terra era como se estivéssemos fazendo isso nas costas de Jesus!!!
 
Não pode comer, pode comer!   É só por 40 horas; não, é por 40 dias!  Não, vamos diminuir: só nas quartas-feiras e nas sextas-feiras da quaresma!  Não, não... Vamos diminuir de novo: Basta só na Sexta-feira Santa!   Meu Deus, misericórdia!!!
 
Certa vez lemos num livro de história que essa penitência de não poder comer carne bovina durante o período de quaresma foi motivado por uma “negociada” entre o Vaticano e os países pesqueiros da região da Noruega. A Igreja fomentaria essa “dieta à base de peixe” e os países pesqueiros financiariam o término da construção da Basílica de São Pedro, em Roma. 
 
É Mentira? E a venda de indulgências nas confissões, à base de “ofertas” para essa mesma construção, é mentira também? E as escrituras vendendo “lotes” no céu para quem pudesse comprar, é mentira também? Chega, pois esse saco está furado há muito tempo.
 
 
 
 
3.1.2  O jejum bíblico
 
 
 
 
Nossos leitores podem estar pensando que somos contra o jejum, que estamos ridicularizando as pessoas que se sentem atraídas em fazer um jejum na presença do Senhor. Não é isso. O problema é a motivação pela qual se faz o jejum, conforme a Bíblia nos ensina.
 
O jejum é algo bom quando feito sob a ótica bíblica. É bom e agradável a Deus quando abandonamos hábitos e práticas pecaminosas. Não há absolutamente nada errado em guardar um tempo no qual vamos nos concentrar apenas na morte e ressurreição de Jesus. Entretanto, estas “práticas” são coisas que devemos fazer todos os dias do ano, não apenas nos 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e a Páscoa.
 
Se o leitor se sente movido por Deus para observar a quaresma, que seja livre para fazê-lo. Mas certifique-se de que irá se concentrar em seu arrependimento dos pecados e consagração a Deus, e não em tentar ganhar de Deus favor ou aumentar o amor d’Ele por você. Você não pode querer nada em troca. Jejum é amor desinteressado.
 
 
 
3.2  Quarta-feira de Cinzas
 
 
 
 
É muito comum ver-se na Bíblia os períodos de sofrimento das pessoas, de jejum e oração, penitência, quando se vestiam de panos de sacos e colocavam cinzas sobre a cabeça. A pessoa, em grande desespero, procurava mostrar a Deus os seus remorsos, esperando por perdão. Havia nessa atitude, um comprometimento com mudança de comportamento. 
 
 
 

 

Quando soube de tudo o que se havia passado, Mordecai rasgou as suas vestes, cobriu-se de pano de saco, e de cinza, e saiu pela cidade, clamando com grande e amargo clamor. (Ester 4:1)

 

 
Então Tamar tomou cinza sobre a cabeça, rasgou a túnica ornamentada que trazia, pôs as mãos sobre a cabeça e se foi andando e clamando. (2 Samuel 13:19)
 
 
 
No Ocidente, a Quarta-feira de Cinzas é o primeiro dia da Quaresma, e originou-se no costume romano de aspergir cinzas sobre a cabeça dos penitentes, visando restaurá-los à comunhão, na Páscoa. Com o passar do tempo, as cinzas começaram a ser ministradas a todos os membros da congregação.
 
No Brasil, muitas pessoas vão à igreja nesse dia após o carnaval para cumprir a tradição de receber o perdão pelos excessos cometidos durante as folias de carnaval. É uma tradição que deixa dúvidas quanto à sua validade, pois os foliões pecam, recebem as cinzas do perdão, mas já planejando uma volta às folias no carnaval do próximo ano. Na verdade, não existe arrependimento algum nessa cerimônia; apenas a expectativa de um perdão fácil. Em outras palavras, trata-se de um ritual onde se demonstra arrependimento pelos pecados cometidos durante a festa de carnaval. 
 
 
 
Isaías, que profetizava 700 anos antes da vinda de Cristo, já ironizava a respeito dessas práticas onde uma pessoa procurava pelo pecado e depois promove um “arrependimento organizado”. Diz ali que as cinzas não podem livrar a alma do pecador. 
 
 
 
 
3.3  Domingo de Ramos

 

 
 
 De acordo com o site Canção Nova, o “Domingo de Ramos” marca o início da Semana Santa, dia em que o povo acolheu Jesus agitando seus ramos e palmeiras, que significam a vitória e remetem ao sacramento católico do batismo (?!?). Participar dessa comemoração leva os fiéis a se tornarem filhos de Deus e responsáveis pela missão da Igreja.
 
Ainda segundo a Igreja Católica Romana, os ramos são levados à igreja para serem “benzidos” e depois levados de volta para casa, para serem usados no transcorrer daquele ano como uma espécie de amuleto de proteção. Esse levar para cá e para lá lembra que os fieis estão unidos a Cristo na luta pela salvação do mundo. Tudo isso é ensinado pela Igreja Católica Romana.
 
Uma perguntinha: E onde fica o jumento nessa história? Por que será que não benzem jumentos, nesse dia, já que foi um deles que carregou Jesus na entrada de Jerusalém? (Lucas 23:18-25). 
 
Veja o que Jesus diz sobre essa religiosidade oca e vazia: “Esse povo honra-me com seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mateus 15:8)
 
Procissão de Ramos
 
 
 
3.4  Sexta-feira da Paixão
 
 
 
 
Nesse dia, os católicos se superam. Eles “Comemoram” a morte de Jesus. Na noite dessa sexta-feira a Igreja Católica Romana promove uma procissão pelas cidades, carregando uma estátua que representa Jesus morto, como se fosse um caixão mortuário. Levam essa estátua em procissão, normalmente com um banda atrás tocando a Macha Fúnebre, pessoas vestidas de centuriões romanos fazendo barulho com uns instrumentos esquisitos, como se estivessem festejando aquele enterro. 
 
Enterro de Jesus
 
 
Dá para acreditar que essas coisas estejam acontecendo ainda em pleno século XXI?  É tétrico!!! Jesus nos deixou um legado de ressurreição, ato que nos coloca na porta do Céu, desde que acreditemos nisso, desde que queiramos ir para lá.  Enquanto os evangélicos choram de alegria por essa ressurreição salvífica, os católicos continuam chorando a morte d’Ele na cruz!  É uma falta de entendimento que nos choca!
 
Naquele dia, enquanto esse “corpo” permanece “morto” nas igrejas católicas, verdadeiras filas são formadas por fiéis que querem TOCAR naquele corpo fabricado de Jesus. Segundo se entende, tocar naquele “corpo” traz bênçãos para as pessoas. Veja a imagem, para que não se duvide do que estamos dizendo.
 
 
Fiéis tocando no “corpo” de Jesus
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
 
 
 
PETRY, Ernani Marino. Carnaval, Quaresma, Cinzas e Páscoa: o que isso tem a ver entre si?  Jornal “O Pescador”. Tubarão,SC: 2004.
 
www.cancaonova.com. Entenda o significado do Domingo de Ramos. Pesquisado em 03/12/2012. 
 
 
 
 
AUTOR DA PESQUISA
 
 
Walmir Damiani Corrêa
 

Por: Walmir Damiani Corrêa

Publicado em 01/09/2021

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